quinta-feira, 11 de julho de 2019

Sumiço de jovem abordado por PMs completa um mês

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Anderson Henrique da Silva Rodrigues foi visto pela última vez no dia 11 de junho de 2019, em Horizonte. A namorada do jovem não acredita mais que ele esteja vivo e nem que o corpo será encontrado. Ela pede que os policiais envolvidos na abordagem sejam presos

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São 30 dias de buscas, questionamentos e incertezas. O desaparecimento do jovem Anderson Henrique da Silva Rodrigues, de 20 anos, completa um mês hoje. A última vez que ele foi visto estava acompanhado de policiais militares, no bairro Zumbi, em Horizonte, onde fica sua residência. Naquele dia, ele foi ouvido pela vizinhança enquanto gritava por socorro afirmando reiteradas vezes: "eles vão me matar".
Família e testemunhas alegam que Anderson foi morto por policiais militares que o abordaram naquele dia, no Município da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O desenrolar da história sobre o desaparecimento do jovem inclui depoimentos à Polícia Civil, instauração de investigação preliminar para apuração dos fatos por parte da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) e inquérito policial.
A versão da Polícia Militar do Estado do Ceará é que no dia 11 de junho de 2019, por volta das 12h, uma composição policial do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) abordou Anderson Henrique, realizou busca minuciosa e, em razão de nada ilícito ter sido localizado com ele, houve a liberação do jovem na Rua J, nº 304, no bairro Zumbi. Em seguida, a equipe policial teria retornado ao patrulhamento de rotina.
À Polícia Civil e à CGD, testemunhas contaram fatos diferentes. Segundo denunciantes, os policiais militares do CPRaio agrediram o rapaz de 20 anos, invadiram a casa da vítima e saíram de lá com ele desacordado, dentro da viatura. Quando o caso tomou repercussão, os militares envolvidos na abordagem foram afastados do serviço operacional. Atualmente, os sete PMs apontados por testemunhas como responsáveis por agredir e, possivelmente, matar Anderson, seguem fazendo serviços administrativos.
Enquanto o tempo passa, as esperanças da família de Anderson Henrique da Silva Rodrigues diminuem. Na semana seguinte ao sumiço, Maria Cristiane da Silva Leitão, mãe, e Aline Sinara de Sousa, namorada da vítima, já acreditavam que ele não estivesse mais vivo. Entre as mulheres havia em comum a saudade e o pedido para que o corpo fosse encontrado e assim pudesse ser enterrado 'de forma digna'.
Agora, um mês depois, Aline Sinara já não acredita mais que o corpo seja encontrado. Para ela, o que resta é a expectativa sobre fazer Justiça e tentar que os policiais militares suspeitos sejam presos. Maria Cristiane da Silva, mãe de Anderson, também acredita que o filho está morto.

Apurações - Anderson Henrique estava em liberdade há poucos meses. Na sua ficha de antecedentes criminais há passagens por receptação, desobediência e porte ilegal de arma de fogo. Na região onde morava, a vizinhança o conhecia como um jovem 'pacato' e que não buscava confusão.

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