A situação só não está pior para
esses asininos por causa da atuação das organizações de defesa dos animais
Quando não são abandonados nas
estradas e vítimas de atropelamentos, são levados para abatedouros e têm a
carne exportada para a China
O jumento, animal-símbolo do Nordeste, chamado de "nosso
irmão" em música de Luiz Gonzaga dos anos 1960, está em risco de extinção.
Ele perdeu espaço para motos nas propriedades rurais do semiárido e,
desvalorizado, virou alvo da cobiça dos chineses.
Quando não são abandonados nas estradas e vítimas de atropelamentos,
são levados para abatedouros e têm a carne exportada para a China. Entidades de
defesa dos animais se mobilizaram e, em dezembro, uma liminar da Justiça
suspendeu os abates na Bahia, Estado que tem o maior número de abatedouros.
O governo baiano e os abatedouros entraram com recursos, ainda não
julgados. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento indicam
que as exportações de carne de cavalos, muares e asininos deram um salto depois
que os jumentos passaram a compor as cotas de abate.
A situação só não está pior para esses asininos por causa da atuação
das organizações de defesa dos animais. No fim do ano passado, em Canudos,
interior baiano, cerca de 200 jumentos estavam presos, em condições de extremos
maus-tratos, à espera do abate para terem a carne e o couro exportados para a
China.
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