sábado, 24 de agosto de 2019

IMPUNIDADE - Fazendeiro que matou o pai e foi preso com armas já está outra vez em liberdade

Telsângenes Diógenes foi preso em flagrante em sua fazenda, no Município de Ererê

Telsângenes Diógenes é apontado pela Justiça como de alta periculosidade

Durou menos de 24 horas a prisão de um fazendeiro flagrado com um arsenal em sua propriedade rural e processado por ter assassinado o pai adotivo para ficar com  uma herança que incluía terras e muito dinheiro.  Francisco Telsângenes Diógenes, preso em flagrante na última quarta-feira (21), pagou fiança na Delegacia Regional de Polícia Civil da cidade de Jaguaribe  e voltou à liberdade rapidamente.
A rápida soltura do fazendeiro causou surpresa na região do Vale do Jaguaribe. Levados por uma denúncia anônima, policiais do Batalhão de Policiamento do Meio Ambiente (BPMA) foram até a fazenda de Telsângenes, no Sítio Lagoa Redonda, na zona rural do Município de Ererê e encontraram várias armas, entre elas, uma pistola de calibre 380 roubada, além de vários rifles e espingardas, munições de diferentes calibres e também um pássaro silvestre criado ilegalmente em cativeiro.
Todo o material foi encaminhado à Delegacia Regional de Jaguaribe, sendo o fazendeiro autuado em flagrante pelos crimes de posse ilegal de armas de fogo e munições, receptação e crime contra o meio ambiente. Mesmo assim, no outro dia já estava novamente solto. A Justiça o considera de alta periculosidade.

Matou o pai - Telsângenes já foi pronunciado pela Justiça e aguarda em liberdade ser levado a julgamento pelo assassinato de seu pai adotivo em uma das propriedades rurais do pai, a Fazenda Campos, em Ererê. O pai adotivo dele era o fazendeiro, agropecuarista e político, Antônio Mardônio Diógenes Osório, ex-prefeito do Município de Pereiro.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o crime teve como fim o enriquecimento ilícito  de Telsângenes. Juntamente com o vaqueiro e motorista Francisco Rodrigues de Queiroz, o filho assassinou o pai para ficar com as terras e o dinheiro.  Na época do crime, Mardônio havia recebido uma indenização no valor aproximado de R$ 2 milhões por uma desapropriação para a construção de um açude público em suas terras. 
Telsângenes  era filho de um irmão de Mardônio, mas foi adotado pelo tio e sua esposa, Maria das Graças  de Aquino Moreira. Em 2002, a mãe natural de Telsângenes, Zulene Pontes Martins (cunhada do ex-prefeito), moveu um processo de anulação da adoção e teve êxito na Justiça. Diante disso, Mardônio decidiu excluir Telsângenes de sua herança, culminando em ameaças e no assassinato.

Armas e munições apreendidas na fazenda do acusado

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