Telsângenes Diógenes foi preso em
flagrante em sua fazenda, no Município de Ererê
Telsângenes Diógenes é apontado
pela Justiça como de alta periculosidade
Durou menos de 24 horas a prisão de um fazendeiro flagrado com um
arsenal em sua propriedade rural e processado por ter assassinado o pai adotivo
para ficar com uma herança que incluía
terras e muito dinheiro. Francisco
Telsângenes Diógenes, preso em flagrante na última quarta-feira (21), pagou
fiança na Delegacia Regional de Polícia Civil da cidade de Jaguaribe e voltou à liberdade rapidamente.
A rápida soltura do fazendeiro causou surpresa na região do Vale do
Jaguaribe. Levados por uma denúncia anônima, policiais do Batalhão de
Policiamento do Meio Ambiente (BPMA) foram até a fazenda de Telsângenes, no
Sítio Lagoa Redonda, na zona rural do Município de Ererê e encontraram várias
armas, entre elas, uma pistola de calibre 380 roubada, além de vários rifles e
espingardas, munições de diferentes calibres e também um pássaro silvestre criado
ilegalmente em cativeiro.
Todo o material foi encaminhado à Delegacia Regional de Jaguaribe,
sendo o fazendeiro autuado em flagrante pelos crimes de posse ilegal de armas
de fogo e munições, receptação e crime contra o meio ambiente. Mesmo assim, no
outro dia já estava novamente solto. A Justiça o considera de alta
periculosidade.
Matou o pai - Telsângenes já foi pronunciado pela
Justiça e aguarda em liberdade ser levado a julgamento pelo assassinato de seu
pai adotivo em uma das propriedades rurais do pai, a Fazenda Campos, em Ererê.
O pai adotivo dele era o fazendeiro, agropecuarista e político, Antônio
Mardônio Diógenes Osório, ex-prefeito do Município de Pereiro.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o crime teve como fim
o enriquecimento ilícito de Telsângenes.
Juntamente com o vaqueiro e motorista Francisco Rodrigues de Queiroz, o filho
assassinou o pai para ficar com as terras e o dinheiro. Na época do crime, Mardônio havia recebido
uma indenização no valor aproximado de R$ 2 milhões por uma desapropriação para
a construção de um açude público em suas terras.
Telsângenes era filho de um
irmão de Mardônio, mas foi adotado pelo tio e sua esposa, Maria das Graças de Aquino Moreira. Em 2002, a mãe natural de
Telsângenes, Zulene Pontes Martins (cunhada do ex-prefeito), moveu um processo
de anulação da adoção e teve êxito na Justiça. Diante disso, Mardônio decidiu
excluir Telsângenes de sua herança, culminando em ameaças e no assassinato.
Armas e munições apreendidas na
fazenda do acusado
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