Ele foi atingido por um tiro
durante operação de investigação e segue no hospital, consciente e sem indícios
de paralisação dos membros inferiores
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/S/S/UYOANeQEy1Ytw5vWu6zQ/whatsapp-image-2019-08-20-at-21.44.03.jpeg)
Policial foi transferido em uma
ambulância do Samu para o IJF após ser baleado durante abordagem da CGD
O policial militar baleado durante abordagem da Controladoria Geral de
Disciplina (CGD) na noite da última terça-feira (20), em Fortaleza, é suspeito
de ameaçar e cobrar R$ 100 mil de uma pessoa para não assassiná-la. Ele foi
flagrado enquanto a vítima pagava o dinheiro a ele e a outros envolvidos no
esquema.
O agente Francisco Thiago Gomes
da Silva já responde a dois Conselhos de Disciplina referente a outros fatos,
dentre eles homicídio, cujos processos se encontram na fase de instrução
processual. Ele também é investigado em três Inquéritos Policiais que tramitam
junto à Delegacia de Assuntos Internos, e, ainda, responde a cinco ações penais
no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), sendo uma pelo
crime de homicídio.
Segundo a Delegacia de Assuntos Internos (DAI), vinculada ao órgão de
fiscalização, no momento da abordagem Francisco Thiago foi flagrado apontando a
arma para a cabeça de uma pessoa. Na hora em que percebeu a presença da equipe,
ele reagiu e foi atingido por um tiro. Ele foi encaminhado ao hospital
Instituto Dr. José Frota (IJF), onde se encontra consciente, com quadro clínico
estável, sem indícios de paralisação dos membros inferiores.
Extorsão - A extorsão vinha sendo praticada desde o
dia 13 de agosto, quando o militar investigado e outros homens abordaram a
vítima se identificando como policiais. Em depoimento, ela afirmou que foi
sequestrada para uma casa em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza,
onde os agentes afirmaram que haviam sido pagos para matá-la, mas que a
poupariam caso ela pagasse a quantia de R$ 100 mil.
Depois de ser liberada, a vítima procurou um amigo policial, que a
orientou a procurar os agentes de inteligência da Polícia Militar. Ela foi,
então, encaminhada à CGD, onde denunciou o ocorrido. Foi instaurado um
procedimento para investigar a denúncia e para tentar identificar os
envolvidos.
No dia 16 de agosto, a vítima recebeu mais ameaças de morte por meio de
mensagens no WhatsApp, dirigidas também aos familiares. A CGD/DAI tentou
flagrar o pagamento da extorsão, mas não teve resposta.
Em 20 de agosto, a vítima combinou de realizar o pagamento da extorsão
aos supostos policiais, depois de receber mais ameaças. Os agentes da Delegacia
de Assuntos Internos estiveram presentes e surpreenderam o policial envolvido.
Logo em seguida foi lavrado o flagrante. Os outros suspeitos conseguiram fugir
do local.
Nenhum comentário:
Postar um comentário