quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Atirador do Bope acerta e mata pedreiro que mantinha ex-esposa como refém em Aquiraz

Durante horas ele ameaçou matar a mulher - A família diz que a Polícia se precipitou

Alfredo Neto gostava de participar de corridas de rua nas horas de folga do trabalho

Um homem de 38 anos de idade, pedreiro, que nas horas de folga cuidava da família e ainda praticava esportes, foi morto pela Polícia Militar após fazer a ex-esposa de refém durante cerca de três horas. O caso ocorreu na tarde da última terça-feira (17), na localidade de Tapera, no Município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).  Após uma tensa negociação, atirador de elite (snipper) do Batalhão de Operações Especiais (Bope) recebeu a ordem para atirar.
Alfredo Carolino Dantas Neto, pai de três filhos e casado durante 22 anos, não suportou o fim do casamento e há três meses tentava a reconciliação com a ex-esposa. Com a separação, ele permaneceu em casa, onde cuidava da mãe, de 82 anos; e dos três filhos, com idades de 17, 10 e 5 cinco anos, um deles especial.  A ex-mulher ia à casa do ex-marido visitar os filhos.
Na tarde desta terça-feira, a ex-esposa voltou à residência de Alfredo e acabou virando refém. Desesperado com boatos de que a mulher já o traía há muito tempo, e desesperado por uma reconciliação do casal, ele se apoderou de uma faca de cozinha, levou a mulher até o quintal e a manteve como refém. A Polícia foi chamada e cercou o local. Cerca de 10 viaturas estavam no local quando começaram as negociações do Bope com o pedreiro. Não houve acordo. Familiares tentaram conversar com ele, mas a Polícia os impediu.
Era por volta de 19h20 quando um atirador do Bope recebeu a ordem para eliminar o “alvo”.  Alfredo foi atingido com um tiro no rosto e teve morte imediata. A mulher que estava sob a ameaça do ex-marido não se feriu e foi retirada do local pela Polícia.

Desespero e morte - Revoltada, a família de Alfredo afirma que houve precipitação da Polícia em matá-lo, já que poderia prolongar a negociação e que ele estava em um local aberto, no quintal de uma casa, sem muros, onde os agentes poderiam se aproximar e dominá-lo ou atirar em um ponto do seu corpo que não fosse vital.
Além de trabalhar como pedreiro e de cuidar da mãe idosa e dos três filhos do casal, Alfredo participava de corridas de rua e outros eventos similares. Gostava de correr, até que acabou sendo arrastado ao desespero pelo fim do casamento e boatos de traições. Terminou morto.

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