domingo, 29 de setembro de 2019

Número de ataques cai, mas chegam ao 10º dia consecutivo no Ceará

Chefes de facção insatisfeitos com medidas mais rigorosas nos presídios ordenaram sequência de crime no estado, afirma secretário de Segurança

Caminhão é alvo de ataque criminoso no Bairro Jangurussu. — Foto: Leábem Monteiro/TV Diário
Caminhão é alvo de ataque criminoso no Bairro Jangurussu

Criminosos atearam fogo em um caminhão no Bairro Jangurussu, em Fortaleza, na madrugada deste domingo (29), 10º dia seguido de ataques coordenados por membros de uma facção criminosa. A sequência de crimes começou na sexta-feira (20); teve o dia mais violento na terça-feira (24), quando ocorreram pelo menos 27 ataques criminosos; e perde força desde a sexta-feira (27), quando a Polícia Civil prendeu 44 membros da facção que atua na onda de violência.

Onda de ataques e motivo dos crimes - O Ceará atravessa uma série de ataques criminosos desde 20 de setembro. Nesse intervalo, foram registradas pelo menos 104 ocorrências, sendo a maioria incêndios contra ônibus, veículos particulares e prédios públicos e privados.
Nos últimos dias, com o reforço policial, a prisão de dezenas de suspeitos e a transferência de presídios dos chefes de facção, a sequência de crimes perdeu intensidade.

 Ceará sofre onda de ataques contra ônibus carros e prédios públicos — Foto: Camila Lima/Sistema Verdes Mares
Ceará sofre onda de ataques contra ônibus carros e prédios públicos

Até a manhã deste domingo, a Secretaria da Segurança Pública totaliza o número 130 pessoas capturadas por suposto envolvimento nas ações, entre adultos e adolescentes. Somente sexta-feira, 44 pessoas foram detidas em uma operação da Polícia Civil do Ceará, suspeitas de participação na série de atentados.
Segundo o secretário da Segurança do Ceará, André Costa, a onda de violência é uma reação de detentos que querem a volta de "regalias" nos presídios do estado. Mais de 500 presos membros de facções criminosas já foram transferidos de penitenciárias estaduais na tentativa de desarticular a organização responsável por ordenar e executar os atentados.

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