Reprodução de suposta conversa entre
um padre de Pintangui e um homem casado
O padre afastado da paróquia de Pitangui (MG) na semana passada por ter
"comportamento imoral", com suspeita de ter se relacionado com um
homem casado, se envolveu em outra polêmica em 2017. Em fevereiro daquele ano,
ele foi encontrado em um motel, sozinho e machucado. Segundo funcionários, ele
era um "cliente antigo" do estabelecimento. Na época, o religioso
também ficou proibido de exercer atividades eclesiásticas para apuração do
fato, e, posteriormente, acabou retornando à rotina de pároco.
O religioso chegou ao motel na noite do dia 5, por volta de 22h30, como
relatou uma funcionária à polícia. Eram "dois indivíduos", segundo o
boletim de ocorrência, que não cita se o padre estava com um homem ou uma
mulher. A trabalhadora não se lembrava do carro utilizado pela dupla. Ele e a
outra pessoa fizeram uso de bebida alcoólica, de acordo com o registro
policial. Cerca de 40 minutos depois, a conta foi paga e o carro saiu em alta
velocidade.
Por medida de segurança, a camareira só foi arrumar o quarto na manhã
seguinte sem imaginar ainda haver alguém lá. Chegando à suíte, por volta de 6h,
viu a porta trancada e notou uma pessoa no interior do quarto. Um chaveiro foi
chamado e, ao entrarem, viram o padre com muitos ferimentos pelo corpo. Mesmo
bastante ferido, o religioso não quis ser levado ao hospital e pediu para não
chamarem a polícia, apenas um táxi.
De acordo com a PM, ao chegar, o taxista viu se tratar de um homem
ferido em várias partes do corpo, e se recusou a fazer a corrida. O motorista,
que não quis ter o nome identificado no boletim de ocorrência, não reconheceu o
religioso, mas ouviu dos empregados do estabelecimento se tratar de um cliente
"antigo e de confiança". Com isso, aceitou levá-lo embora.
Inicialmente, a corrida seria do motel, na MG-050, ao distrito de Santo
Antônio dos Campos, conhecido como Ermida, em Divinópolis. O roteiro, porém,
foi alterado em cima da hora por ele, e o destino passou a ser a cidade de São
Sebastião do Oeste, onde ele era pároco, numa viagem de aproximadamente 40
minutos. Ainda pelo relato do taxista, o religioso parou na igreja de São
Sebastião, pegou o dinheiro e acertou a corrida.
A polícia ficou sabendo depois que o religioso foi até um hospital para
ser atendido alegando ter sido roubado e espancado. Em contato com o padre, ele
contou aos militares que foi vítima de assalto na MG-050, rodovia onde fica o
motel, no mesmo dia em que depois entrou no estabelecimento com outra pessoa.
De acordo com o que disse aos militares, o pároco disse se lembrar
apenas de ter reduzido a velocidade para passar por quebra-molas, quando,
segundo ele, foi abordado e agredido por um desconhecido. O suposto criminoso
levou cartões, documentos e o carro, mas o religioso não soube dizer em que
momento, já que foi visto depois entrando no motel. A partir do assalto que
teria acontecido, segundo contou à PM, o padre não se recordava de mais nada.
Consta no boletim de ocorrência que havia uma marca de tentativa de
enforcamento nele. Posteriormente, uma corda foi encontrada no motel. Segundo o
registro policial, não foi feita perícia no quarto do motel porque o local foi
"descaracterizado", possivelmente por causa da arrumação da
camareira.
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