quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Chefes do crime - Justiça nega soltura de piloto que levou Gegê e Paca a emboscada

Chefes de facção criminosa com atuação em todo o Brasil foram assassinados em fevereiro de 2018 em um plano montado por membros do mesmo bando

O piloto Felipe Ramos Morais foi preso na segunda-feira em Goiás — Foto: GloboNews/Reprodução
O piloto Felipe Ramos Morais foi preso em Goiás

A Justiça negou nesta quarta-feira (2) o habeas corpus do piloto de helicóptero Felipe Ramos Morais. Conforme investigação, Felipe conduziu os chefes de facção criminosa conhecidos como Gegê e Paca ao local da emboscada onde foram assassinados, em fevereiro de 2018, na cidade de Aquiraz, no Ceará.
A 2ª Turma da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará decidiu por unanimidade que Felipe Ramos deve permanecer preso, recusando o pedido da defesa. O piloto é indiciado por homicídio e organização criminosa.

Chefes de facção viviam no Porto das Dunas, área nobre do litoral cearense — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução 
Chefes de facção viviam no Porto das Dunas, área nobre do litoral cearense

Gegê e Paca foram assassinados em um plano montado por comparsas da mesma facção criminosa à qual pertencem. De acordo com o Ministério Público, eles faziam gastos excessivos com dinheiro da organização criminosa para manter uma vida de luxo.
Após a morte dos dois, a Justiça determinou a apreensão de carros e casas de luxo em Aquiraz, no litoral cearense, uma das áreas com o metro quadrado mais caro do Ceará.
O helicóptero utilizado no crime também foi apreendido e atualmente pertence às forças policiais do Ceará, após solicitação do Governo do Estado e autorização da Justiça.

 Helicóptero usado em ataque a Gegê do Mangue foi achado em área de mata de Fernandópolis, no interior de SP — Foto: Divulgação
Helicóptero usado em ataque a Gegê do Mangue foi achado em área de mata de Fernandópolis, no interior de SP

Plano de assassinato - Conforme a denúncia do Ministério Público, chefes da facção criminosa montaram um plano para levar Gegê e Paca até uma área erma em Aquiraz, próxima a uma reserva indígena. Como pretexto para levar os dois ao local da emboscada, o bando fingiu que conduziria Gegê e Paca a São Paulo, para um encontro com outros membros do bando.
Durante o percurso, o piloto Felipe Ramos fez uma parada na reserva indígena alegando que precisaria fazer um reparo na aeronave.
No local, cinco pessoas armadas aguardavam os dois, em quem dispararam vários tiros. Os dois morreram no local.

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