terça-feira, 15 de outubro de 2019

Espanta Raposa - Justiça determina nova extração de dados de celulares de PMs

Sistema de segurança dos aparelhos telefônicos de dois oficiais da Polícia Militar impediu o acesso dos investigadores, na primeira tentativa - Grupo de militares é acusado de cometer diversos crimes na Região Norte do Estado

Resultado de imagem para Espanta Raposa: Justiça determina nova extração de dados de celulares de PMs
Policiais militares são acusados de crimes como concussão e corrupção passiva

A Justiça Estadual, por meio da Auditoria Militar, determinou, no último dia 3 de outubro, uma nova extração de dados dos aparelhos celulares de dois oficiais da Polícia Militar do Ceará (PMCE), para colaborar nas investigações da Operação Espanta Raposa. Nove PMs são réus em um processo por diversos crimes cometidos na Região Norte do Estado, como exigências de vantagem indevida (concussão) e corrupção passiva.
Os dispositivos telefônicos em questão pertencem ao tenente-coronel Paulo de Tasso Marques de Paiva, comandante da unidade do Batalhão da Polícia de Meio Ambiente (BPMA) de Sobral; e ao major Francisco Marcelo Nantuã Beserra, que atuava em Tianguá pelo mesmo Batalhão.
Em documentos, o Ministério Público do Ceará (MPCE) afirma que a primeira extração teve tentativas frustradas por conta do sistema de segurança de dados dos celulares, modelos iPhone, o que torna "na maioria dos casos, inviável o acesso ao conteúdo dos aparelhos por meio de infiltrações tradicionais".
Os equipamentos haviam sido apreendidos durante o cumprimento da medida de busca e apreensão domiciliar, no dia 28 de março deste ano. Por causa do obstáculo técnico, o MPCE celebrou um convênio com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
A parceria deve permitir "uma alternativa viável para o acesso aos dados telemáticos dos aparelhos celulares supracitados". O juiz estadual que assina a decisão estipulou o prazo máximo de 20 dias para a realização da extração dos dados.

Denúncia - Conforme o MPCE, a quadrilha formada dentro da Polícia Militar exigia até R$ 20 mil de empresários na Região Norte e, para ser atendida, ameaçava apreender materiais, fechar estabelecimentos e até mesmo prender ou matar comerciantes e familiares. Além do tenente-coronel e do major, outros seis sargentos e um soldado fariam parte do grupo. A denúncia contra os nove foi aceita pela Justiça Estadual no dia 26 de abril.

Nenhum comentário:

Postar um comentário