A advogada Elisângela Mororó
estava com mandado de prisão em aberto - Ela foi presa junto a dois suspeitos
de integrar uma facção criminosa - Com os três, a Polícia encontrou uma
pistola, cocaína e dois veículos
A advogada foragida Elisângela Mororó, suspeita de envolvimento com
organizações criminosas, foi presa nesta quarta-feira, 13, e encaminhada à
Delegacia Regional do Crato. Ela foi
detida junto a dois homens suspeitos de integrar uma organização criminosa. Com
os três, a Polícia apreendeu uma pistola com numeração raspada, cocaína e dois
veículos.
A prisão foi realizada por militares do Comando Tático Rural (Cotar) em
parceria com a Polícia Civil. Elisângela estava com mandado de prisão em aberto
por envolvimento em organizações criminosas e, após ser expedida a decisão, ela
se manteve foragida. No dia 11 de outubro, o presidente da Ordem dos Advogados
do Ceará havia afirmado, durante um evento, sobre duas ordens de prisão contra
dois advogados. Uma dessas ordens, era para Elisângela.
As investigações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS) apontaram para o envolvimento de alguns advogados com facções
criminosas no período em que foram ordenados ataques a coletivos e prédios
públicos no Ceará, em setembro deste ano. Os ataques foram organizados pela facção
Guardiões do Estado (GDE).
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) divulgou que celulares
em presídios eram escassos e que familiares ou advogados estavam envolvidos nas
ações. A diminuição do número de aparelhos teria ocorrido porque a Secretaria
de Administração Penitenciária (SAP) retirou tomadas e intensificou as
revistas. Conforme as investigações do Ministério Público, para que os
"salves", que são ordens dadas aos faccionados, saíssem dos presídios
e fossem encaminhadas aos integrantes que estão em liberdade, seria necessário
a utilização de "pombos-correio".
Advogado preso com bilhetes - O advogado Alaor Patrício Júnior foi
preso no dia 24 de setembro. Ele foi flagrado com bilhetes de organizações
criminosas na Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Elias Alves da
Silva (CPPL IV). Já a advogada Paloma Gurgel, que chegou a ser presa por
desacato no dia 26 de setembro, foi liberada após pagamento de fiança no valor
de R$ 9.980. As investigações seguem em andamento e a Justiça nega o
arquivamento do inquérito que investiga Paloma.
A OAB se posicionou afirmando que os casos referentes às prisões de
advogados criminalistas são fatos isolados e pediu que essas situações não
devem ser utilizadas para ofender advogados criminalistas.
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