MAURO SÉRGIO – A sua lembrança continua viva e presente entre nós. Por
mais duro que seja, precisamos nos acostumar com a ideia de que somos
passageiros na vida e que nosso destino final não é aqui.
Ainda há uma revolta silenciosa em mim. Um sentimento de injustiça de
quem foi profundamente lesado e de quem foi roubado sem ter oportunidade de se
defender. Foi uma noite traiçoeira. Você estava voltando pra casa depois de
vários dias longe de sua família, trabalhando em buscas de dias melhores. Natal
chegando, ainda sofrendo com a partida inesperada de seu irmão Sávio, e nem sei
dizer quem foi, porque foi, o que sabemos é que uma bala certeira te atingiu em
cheio e ali mesmo você ficou. Uma viagem sem volta e que não teve despedidas.
A morte é a maior de nossos inimigos e nunca podemos prever sua
chegada.
Ainda confio, mais muito pouco na justiça dos homens, pra saber porque
tudo isso aconteceu.
Mauro, sobrinho, afilhado, cumpadre, seria o padrinho de Valentina e
mais que isso um amigo, meu companheiro nas horas que precisava. Sempre vinha na
minha residência pra conversar e tomar uma gelada.
Só resta em mim lindas memórias de você. E se nesse mundo real não
posso te encontrar mais, é nessas recordações que continuamos nos revendo e matando
saudades.
Descansa em paz...
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