Um áudio revela ameaças do
candidato derrotado pelo prefeito nas últimas eleições
João Gregório foi morto por
pistoleiros na manhã de 24 de dezembro último
Subiu para sete o número de suspeitos de envolvimento no assassinato do
prefeito do Município de Granjeiro, João Gregório Neto, 52 anos, morto por
pistoleiros na manhã de 24 de dezembro do ano passado. Um homem foi detido
nesta quinta-feira (23), por ter tentado prejudicar a coleta de provas no local
do crime. A Polícia deve também incluir no rol dos suspeitos o candidato
derrotado por João Gregório nas últimas eleições, Raimundo Duclieux, o “Doutor
Gudy”, que teria ameaçado a vítima.
De acordo com as autoridades, o suspeito (identidade não revelada)
teria alterado a posição das câmeras de rua instaladas nas proximidades do
local onde o prefeito foi assassinado. O objetivo era evitar que a Polícia
coletasse imagens da cena do crime e pistas que levassem à identificação dos
assassinos e dos veículos usados na ação criminosa.
Além do suspeito detido, outras quatro pessoas já estão sendo
investigadas. Uma delas permanece foragida. Seria o homem que disparou os tiros
no prefeito. Indícios revelam que após o crime, ele teria fugido para o estado
de Pernambuco. Informações extra-oficiais apontam que o atirador seria um
policial militar.
Derrotado - Já o nome do candidato derrotado nas urnas
por “João do Povo”, Raimundo Duclieux de Freitas, o “Doutor Gudy”, apareceu
após ser revelada nas redes sociais um áudio em que ele faz ameaças diretas ao
então prefeito João Gregório. Inconformado com a derrota nas eleições, ele se
tornou inimigo da vítima.
Em tempo - A morte do prefeito está sendo
investigada por uma Força-Tarefa montada pela Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS), determinada pelo governador do estado, Camilo Santana
(PT). A Polícia já revelou que as pistas colhidas desde o dia do crime apontam
para motivação política.
Outra informação revela que os
mandantes, intermediários e assassinos do prefeito se reuniram dias antes do
crime para montar a trama em seus detalhes. Na manhã do dia 24, o plano foi
executado. João Gregório foi eliminado com tiros nas costas e na nuca quando
fazia sua atividade física diária. Caminhava nas proximidades de casa e caiu na
emboscada.
Veja quem são os suspeitos do
crime
1 – Vicente Félix de Sousa, o “Vicente Tomé” – ex-prefeito de
Granjeiro, pai do atual prefeito, Ticiano Tomé, ex-aliado e depois opositor
ferrenho e inimigo pessoal da vítima. Em sua casa a Polícia apreendeu uma
caminhonete filmada no local do crime. Cumpre medida cautelar determinada pela
Justiça, usando uma tornozeleira eletrônica.
2 – Ticiano da Fonseca Félix, o “Ticiano Tomé” – Era o vice-prefeito do
Município e assumiu o cargo com a morte de João Gregório. De aliado político,
tornou-se opositor e inimigo pessoas da vítima. Denunciou João Gregório por uma
suposta fraude na licitação para a compra de material escolar para as escolas
municipais de Granjeiro. A Polícia Civil pediu a sua prisão preventiva, mas a
Justiça negou.
3 – Carlos Alberto Ferreira Cavalcanti – preso na cidade de Teresina,
no Piauí, na semana passada, após uma troca de tiros com policiais do Ceará e
do Piauí. Foi flagrado nas ruas da capital piauiense dirigindo o veículo Polo
cinza, placas QQW-9591, inscrição de Belo Horizonte (MG). O carro havia sido
roubado e foi usado no apoio a fuga dos pistoleiros, sendo filmado.
4 – Rondinere Francino de Andrade – comerciante preso na cidade de
Timon, no Maranhão. É dono de uma revenda de veículos naquele município e no
seu estabelecimento foi localizado o carro (Polo) usado pelos pistoleiros. Como
o veículo era roubado, foi preso e autuado em flagrante por crime de
receptação.
5 – Suspeito de nome não revelado – seria um policial militar do estado
de Pernambuco, apontado como um dos pistoleiros. Teve prisão preventiva
decretada pela Justiça a pedido da Polícia do Ceará. Teria fugido para o
Município de Exu (PE) após o crime. Está sendo procurado.
6 – Suspeito de nome não revelado – Detido na cidade de Granjeiro suspeito
de tentar dificultar a coleta de provas no local do crime. Teria alterado a
posição das câmeras que teriam filmado o assassinato.
7 – Raimundo Duclieux de Freitas, o “Doutor Gudy”, candidato derrotado
nas urnas pela vítima. Fazia oposição ferrenha a João Gregório e o ameaçou
através de um áudio que agora circula nas redes sociais.
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