O PM usou as redes sociais para
criticar também o secretário da Segurança Pública

Soldado PM Wescley foi punido
pela Controladoria de Disciplina
Depois de usar as redes sociais para criticar o reajuste salarial
anunciado pelo governo do Estado, um soldado da Polícia Militar foi punido pela
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema
Penitenciário (CGD) e pelo Comando-Geral da corporação. Nesta terça-feira (4), o Diário Oficial do
Estado (DOE) publicou o afastamento do PM de suas funções pelo prazo de 120
dias. O militar será alvo de uma investigação que pode resultar em sua demissão
do serviço público.
O soldado PM Márcio Wescley Oliveira dos Santos, destacado na 2ª
Companhia do 22º Batalhão Policial Militar (22ºBPM), no bairro Papicu, em
Fortaleza, já foi intimado da punição e tem o prazo de 24 horas após a
notificação para devolver à PM sua
identificação funcional, distintivo, arma, algema e qualquer outro objeto da
Corporação. Deverá ficar à disposição da Unidade de Recursos Humanos da
corporação. Além disso, foi suspenso o pagamento de salários.
“Está complicado compor a
Segurança Pública do estado, complicado porque o governador do Estado se
esconde atrás do seu secretariado, aumenta o salário da alta cúpula da
Segurança Pública e quem está lá embaixo obedeça, obedeça calado, sem reclamar.
É vergonhoso o que está sendo feito com a Segurança Pública do Estado do
Ceará”, disse o PM em um vídeo postado
nas redes sociais.
E acrescentou: “Aí vem o
secretário da Segurança Pública, vergonhosamente, sem saber o que dizer para a
população cearense. Não sabia o que dizer. Não estava claro nem para ele o que está acontecendo. Isso é muito complicado. O
governador do estado esfrega na nossa cara dizendo que quem manda é ele”.
Reunião - Na tarde desta terça-feira (4), os
presidentes das associações que congregam policiais civis, policiais militares
e bombeiros militares foram convocados para uma audiência na Procuradoria Geral
da Justiça do Ceará (PGJ-CE) e foram advertidos quanto a ilegalidade de uma
possível greve da categoria diante da insatisfação salarial.
Na saída, os representantes disseram que foram advertidos pelo MP, que
investiga a legalidade de tais entidades. “O
Ministério está como que apontando uma Ponto 40 (pistola) para as associações”,
disse Nina Carvalho, presidente da Associação das Esposas dos Policiais do
Estado do Ceará (Assepec).
VEJA O VÍDEO
Nenhum comentário:
Postar um comentário