segunda-feira, 9 de março de 2020

Mãe e filha assassinadas por delegado morreram abraçadas

Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e a filha Ana Carolina de Souza, de 16 anos, foram encontradas mortas e abraçadas atrás de um sofá na sala do sobrado em que a família vivia em Curitiba. Ambas foram assassinadas pelo delegado Erik Busetti com cerca de 9 disparos de arma de fogo na noite da última quarta-feira (4).
Pela cena do crime, tudo indica que a esposa e a enteada do delegado estavam assistindo um filme e comendo pipoca quando foram surpreendidas. Além disso, a arma de Maritza, que era escrivã da Polícia Civil, estava em outro cômodo da casa, de modo que ela não teve como se defender.
Busetti foi preso em flagrante por feminicídio e está detido no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana da capital, em uma ala especial para policiais. O inquérito deverá ser concluído em 10 dias.
Simultaneamente ao processo que corre na Divisão de Homicídios, a corregedoria da Polícia Civil do Paraná também instaurou um procedimento que irá determinar ou não a expulsão do policial civil do quadro de servidores públicos.

O crime - O delegado Busetti matou sua esposa e a enteada, na noite de quarta-feira (4), dentro do sobrado onde viviam em de um condomínio no bairro Santa Cândida, em Curitiba.
No momento do crime, estavam em casa Maritza, uma filha do casal de 8 anos e Ana Carolina. De acordo com a polícia, a criança dormia e acordou quando ouviu os tiros. Momento em que Busetti foi até o quarto, pegou a filha e levou a menina até casa de vizinhos.
Ele teria a intenção de tirar a própria vida, mas foi convencido a desistir pelos vizinhos. Na sequência, ele ligou para a polícia, confessou o crime e esperou pela chegada dos policiais. Em resposta ao ser perguntado sobre a motivação dos assassinatos, ele respondeu com frieza “vocês não têm ideia do que eu estava passando”.

O casal – que estava junto há pelo menos 10 anos– passava por um processo de separação. Moradores do condomínio declararam que o delegado aparentemente era uma boa pessoa e sempre conversava com todos. Ainda de acordo com algumas testemunhas, antes do crime, eles ouviram uma briga entre o delegado e a esposa.

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