O repentista Valdir Teles, um dos maiores nomes da poesia oral
Brasileira, teve sua morte anunciada nesse domingo. A provável causa da morte
foi um infarto. O poeta estava com 64 anos, e faleceu no Sítio Serrinha, onde
morava, na Zona Rural de São José do Egito (PE), no Sertão pernambucano, sua
cidade natal.
Paraibano de Livramento, no Cariri paraibano, ele se tornou órfão de
pai aos onze anos, passou a trabalhar para sustentar a mãe e os quatro irmãos
mais novos. Trabalhou na agricultura até os 19 anos. Foi peão nas
hidroelétricas de Sobradinho, Itaparica e Paulo Afonso. A arte do repente até
1979, permaneceu mais ou menos latente em Valdir Teles até que aflorou numa
cantoria entre Sebastião da Silva e Moacir Laurentino, em São José do Egito.
Daí em diante não teria mais volta. Em pouco tempo ele apresentaria um programa
de cantoria e viola numa emissora de Patos (PB).
Valdir teles nunca parou de evoluir, deixou vários clássicos para a poesia
popular, um destes desenvolvido, com Moacir Laurentino, em torno do mote, Eu
ainda sinto o cheiro, do café que mãe fazia. Poeta premiado, com apresentações
no exterior, Valdir , como grande parte dos cantadores de viola, circulava
basicamente no universo particular dos repentistas e apologistas. Gravou vários
CDs, DVDs, vendidos em espaços limitados.
Viajava muito, mais seu porto seguro era São José do Egito, terra de
lendas da cantoria de viola.
Valdir Teles assim definiu sua profissão: “Ser um cantador de viola é
ser um repórter do povo do sertão, um boêmio da vida, gostar de cantar, não
ligar pra muito dinheiro, dando pra viver já tá bom, isso é que ser um cantador
de viola”.
Nossos sentimentos aos Familiares.
ResponderExcluirGrande Poeta, que nos alegra muito, com suas Canções e Repentes.
Nos fará muito falta, pois, daqui por diante, somente teremos seu, imenso Acervo que, apesar de vasto, não substitui sua presença.
Que Deus, o acolha no Las Celestial.