Uma jovem de 23 anos, ex-presidiária
tornou-se a 101ª vítima dos homicídios
Jovens são mortas por
envolvimentos no tráfico e com grupos criminosos
O Ceará ultrapassou, na noite da última segunda-feira (20), a marca de
100 assassinatos de mulheres neste ano. Uma jovem de 23 anos de idade se tornou
a 101ª mulher morta no estado em apenas quatro meses, incompletos. A violência contra a mulher tem aumentado no
mesmo ritmo dos assassinatos em geral no Ceará, desde o início de 2020.
Layane Mesquita da Silva era uma ex-presidiária que havia recebido da
Justiça o direito de cumprir a pena em liberdade mediante monitoramento
eletrônico. Ela usava uma tornozeleira e tinha que cumprir a determinação judicial
de permanecer em casa.
Mesmo cumprindo a ordem da Justiça, Layane não escapou de um “acerto de contas” de
facções criminosas. Na noite de segunda-feira (20), ela e o irmão, Francisco
Lucas Ribeiro dos Santos, 25, foram mortos com muitos tiros de pistola dentro
de casa, no Município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. Com a
morte dela, agora são 101 mulheres assassinadas no Ceará neste primeiro
quadrimestre do ano, faltando ainda nove dias para o fim de abril.
As mortes violentas de mulheres no Ceará estão ligadas, em sua maioria,
ao envolvimento das vítimas com o crime, como tráfico de drogas e participação
em grupos criminosos (facções). Outros componentes desta estatística são os
casos de feminicídio (passionais) e os crimes sexuais (estupros seguidos de
assassinatos), além de latrocínios (roubos seguidos de morte).
Balanço - Em janeiro deste ano, 30 mulheres foram
mortas no Ceará. O número se repetiu em fevereiro (30). Em março foram 27
casos; e em abril (entre os dias 1º e 20) já foram contabilizados 14 crimes do
gênero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário