terça-feira, 14 de abril de 2020

Prisão de “Fuminho” pode esclarecer a trama da morte de bandidos do PCC no Ceará

Traficante teria sido o mandante da morte de "Gegê do Mangue" e "Paca"

Preso na África, "Fuminho" tem contas a ajustar com a Justiça do Ceará

A prisão em Maputo, capital de Moçambique, na África, nesta segunda-feira (13), do traficante Gilberto Aparecido dos Santos, o “Fuminho”, um dos líderes da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) pode levar a Justiça do Ceará a esclarecer de vez a trama do assassinato dos traficantes Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”; e Fabiano Souza, o” Paca”, em fevereiro de 2018 em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.
“Fuminho” é considerado um dos líderes do PCC e seu nome estava na lista do Ministério da Justiça e Segurança Pública como um dos criminosos mais procurados do Brasil”, diz o comunicado da Polícia Federal sobre a captura do bandido.
No momento da prisão, “Fuminho” estava retornando de uma clínica médica para o condomínio de luxo onde estava morando, na capital moçambicana. O suspeito foi capturado por meio de uma ação conjunta da PF com o DEA (Órgão de Combate às Drogas, na tradução do inglês), do Departamento de Justiça dos EUA, e a Polícia do país africano.

Investigações no Ceará - As investigações da PF apontavam que “Fuminho” se tornou o ”braço-direito” de Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola”, considerado o chefe supremo do PCC. Ele estava foragido das autoridades brasileiras há 21 anos.  Atualmente, tem 49 anos de idade.
 “Fuminho” foi denunciado à Justiça como o responsável por mandar matar Rogério Jeremias de Simone, Gegê do Mangue, e Fabiano Souza, o “Paca”, em fevereiro de 2018, em Aquiraz. Na época, os dois criminosos faziam parte da cúpula do PCC (a chamada “Sintonia Fina”), mas estariam sob a suspeita de desviar dinheiro da organização criminosa em proveito próprio, vivendo uma vida de muita riqueza, com casas e carros de luxo e muitas viagens, passeios e festas com o dinheiro da organização criminosa.
De acordo com a PF, “Fuminho” era o responsável pelo fluxo de dinheiro e da logística necessária para o tráfico internacional de drogas na região da Bolívia e Paraguai. É uma espécie de sócio de “Marcola”.
A carreira no crime ganhou relevância quando escapou da Casa de Detenção, no Carandiru, em São Paulo em janeiro de 1999. Desde então, era procurado pela polícia brasileira.
 Em abril de 2019,”Fuminho” teria dado o aval para membros da facção criminosa fazer o resgate de “Marcola” do Presídio Federal de Brasília. Dois aviões e um helicóptero, caracterizados como da Polícia Militar de São Paulo, seriam usados no plano. A trama foi descoberta por agentes na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, conhecida como P2 de Venceslau, que flagraram anotações de membros do PCC.

 
“Gegê do Mangue” e “Paca” foram mortos em Aquiraz, em fevereiro de 2018

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