sábado, 9 de maio de 2020

Adolescente apreendido confessa ter assassinado índio na aldeia Pitaguary

Há dois anos, a mãe da vítima, cacique Madalena, sofreu um atentado a tiros na aldeia

Em 2018, a cacique Madalena foi baleada na cabeça, mas sobreviveu - O filho foi morto a pauladas, durante uma bebedeira com um menor

Um adolescente de 16 anos foi apreendido e confessou ter assassinado um índio da reserva indígena Pitaguary, no Município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), na madrugada da última quinta-feira (7). Em depoimento na Delegacia Metropolitana de Maranguape, o menor disse que o crime deveu-se a uma discussão banal durante uma bebedeira. O índio foi morto a pauladas e o corpo somente encontrado na manhã por outros ocupantes da reserva localizada no bairro São João do Pitaguary.
De acordo com a Polícia, o adolescente foi detido horas após o crime e estava escondido não muito distante do local onde o corpo do índio Israel Basílio Guedes, 31 anos, foi encontrado em meio a uma poça de sangue. Ele recebeu várias pauladas na cabeça.  O caso está sendo apurado pela Delegacia Metropolitana de Maranguape.
O índio assassinado era conhecido pelo apelido de “Neguinho da Madalena”, numa referência à sua mãe, a cacique Madalena, da tribo dos Pitaguary. Em 2018, a mulher também foi vítima da violência, sendo alvo de um atentado a tiros. A cacique Madalena ficou em estado grave, mas sobreviveu.

Crime noutra aldeia - No dia 11 de janeiro último, Antônio da Cunha de Sousa, 34 anos, foi morto a tiros dentro de uma casa no aldeamento indígena Capoeira, dos índios Tapebas, localizado em Caucaia, na Grande Fortaleza.
Segundo informações repassadas à Polícia, o crime foi motivado por represália e cometido por membros de facções criminosas. A vítima havia prometido vingança pela morte do irmão, assassinado na mesma comunidade. A área indígena é de acesso restrito, mas está ocupada por bandidos de uma facção.

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