Há dois anos, a mãe da vítima,
cacique Madalena, sofreu um atentado a tiros na aldeia
Em 2018, a cacique Madalena foi
baleada na cabeça, mas sobreviveu - O filho foi morto a pauladas, durante uma
bebedeira com um menor
Um adolescente de 16 anos foi apreendido e confessou ter assassinado um
índio da reserva indígena Pitaguary, no Município de Maracanaú, na Região
Metropolitana de Fortaleza (RMF), na madrugada da última quinta-feira (7). Em
depoimento na Delegacia Metropolitana de Maranguape, o menor disse que o crime
deveu-se a uma discussão banal durante uma bebedeira. O índio foi morto a
pauladas e o corpo somente encontrado na manhã por outros ocupantes da reserva
localizada no bairro São João do Pitaguary.
De acordo com a Polícia, o adolescente foi detido horas após o crime e
estava escondido não muito distante do local onde o corpo do índio Israel
Basílio Guedes, 31 anos, foi encontrado em meio a uma poça de sangue. Ele recebeu
várias pauladas na cabeça. O caso está
sendo apurado pela Delegacia Metropolitana de Maranguape.
O índio assassinado era conhecido pelo apelido de “Neguinho da
Madalena”, numa referência à sua mãe, a cacique Madalena, da tribo dos
Pitaguary. Em 2018, a mulher também foi vítima da violência, sendo alvo de um
atentado a tiros. A cacique Madalena ficou em estado grave, mas sobreviveu.
Crime noutra aldeia - No dia 11 de janeiro último, Antônio da
Cunha de Sousa, 34 anos, foi morto a tiros dentro de uma casa no aldeamento
indígena Capoeira, dos índios Tapebas, localizado em Caucaia, na Grande
Fortaleza.
Segundo informações repassadas à Polícia, o crime foi motivado por
represália e cometido por membros de facções criminosas. A vítima havia
prometido vingança pela morte do irmão, assassinado na mesma comunidade. A área
indígena é de acesso restrito, mas está ocupada por bandidos de uma facção.
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