Enquanto a Capital agora representa apenas 35% dos casos no
Estado, as regiões Norte, Centro-Sul e Cariri registram aumento de pacientes e
sistemas de saúde sobrecarregados
Apesar das barreiras instaladas, número de casos de Covid-19
cresce no Interior
Uma ramificação de
Fortaleza para os municípios do interior. Essa é a visualização básica da
pandemia do novo coronavírus no Ceará, que se espalhou pela Região
Metropolitana da Capital; nas últimas semanas, ganhou força na Região Norte e,
agora, também avança no Centro-Sul do Estado. Especialistas em Saúde Pública e
autoridades apontam que a interiorização da doença era um fenômeno
epidemiológico esperado e teve na mobilidade rodoviária um fator importante de
disseminação.
Dados da plataforma
IntegraSUS confirmam a expansão da doença pelo Estado. Em 22 de março, 79,6%
dos casos se concentravam na Capital. Ao longo da pandemia, essa porcentagem
diminuiu. Em 22 de abril, eram 69,5%; um mês depois, 42,7%. Nesta segunda-feira
(22), o índice caiu para 35%, ou seja, apenas um em cada três casos confirmados
no Ceará foi registrado em Fortaleza.
Segundo o último
boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), todas as Áreas
Descentralizadas de Saúde (ADS) apresentaram incremento na incidência de casos
confirmados na última semana, com destaque para as regiões de Iguatu (78%), Juazeiro do Norte
(61,8%), Crateús (52,5%) e Crato (43,6%). O painel de monitoramento do Comitê
Científico do Consórcio Nordeste expõe que, no Ceará, as cidades com aumento de
casos nos últimos dias foram Iguatu,
Juazeiro do Norte, Barroquinha, Baturité e Quixadá.
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