As chuvas ocorridas no primeiro semestre deste ano contribuíram para
uma retomada importante dos aportes hídricos no interior cearense após um longo
período de escassez de água nos açudes iniciado partir de 2012.
Conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh),
nos 155 reservatórios monitorados pelo órgão, houve recarga de 5,19 bilhões de
metros cúbicos. Este é o segundo melhor índice da atual década, atrás apenas de
2011 (7,84 bilhões de metros cúbicos).
Em comparação com o período entre 2000 e 2020 – uma série de 21 anos –
o aporte observado neste ano é o quinto melhor. Em ordem crescente estão as
recargas de 2004, ano de grandes enchentes, (19,02 bilhões de m3); 2009 (15,03
bilhões de m3); 2008 (11,29 bilhões de m3); e 2011 (7,84 bilhões de metros
cúbicos).
Na série histórica recortada, os piores cenários ocorreram em dois
períodos seguidos: 2015 (0,75 bilhões de metros cúbicos) e 2016 (0,77 bilhões
de metros cúbicos).
O secretário executivo da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH),
Aderilo Alcântara, ressalta que, embora a situação ainda não seja de conforto,
garante maior segurança no abastecimento. Ele comemorou, também, a pouca
distribuição nos aportes.
“Não foram apenas os reservatórios médios e grandes, estratégicos para
o abastecimento humano e irrigação de culturas agrícolas temporárias, mas
milhares de pequenos açudes estão cheios”.
Aportes - O Açude Orós, segundo maior do Estado,
acumula atualmente 27,1% e o Castanhão, maior reservatório cearense, 15,7%. Em
2017, esses dois açudes estiveram praticamente com volume morto. Outro açude estratégico, o Trussu, em
Iguatu, que chegou a menos de 2%, neste ano, saltou para 23,6%, acumulando uma
reserva que assegura abastecimento das cidades de Iguatu e Acopiara por mais
dois anos.
Cinco maiores aportes
01. Castanhão - 979,4 milhões m³
02. Araras - 540,5 milhões m³
03. Orós - 478,9 milhões m³
04. Arneiroz II - 165,1 milhões m³
05. Banabuiú - 153,4 milhões m³
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