segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Baleados em serviço - PMs mortos por falso policial civil são enterrados em SP

Dois dos três policiais militares seriam pais nos próximos dias - Caso vai ser investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa

 Soldado Celso Ferreira de Menezes Júnior tinha 33 anos e estava na corporação há mais de 10 anos. O soldado Victor Rodrigues Pinto da Silva tinha 29 anos, e deixa uma esposa grávida. O sargento José Valdir De Oliveira Júnior tinha 37 anos e deixa uma filha e a esposa grávida de gêmeos. — Foto: Reprodução/Redes sociais

Soldado Celso Ferreira de Menezes Júnior tinha 33 anos e estava na corporação há mais de 10 anos - O soldado Victor Rodrigues Pinto da Silva tinha 29 anos, e deixa uma esposa grávida - O sargento José Valdir De Oliveira Júnior tinha 37 anos e deixa uma filha e a esposa grávida de gêmeos

Os corpos dos três policiais militares, que morreram no último sábado (8), foram enterrados, neste domingo (9), em três cemitérios diferentes -- sendo dois na Grande São Paulo e outro no interior do estado. As esposas de dois deles estão grávidas.
Celso Ferreira de Menezes Júnior; Victor Rodrigues Pinto da Silva; e José Valdir De Oliveira Júnior foram atingidos por disparos feitos por um homem que se identificou falsamente como policial civil no bairro do Butantã, Zona Oeste de São Paulo. O suspeito dos crimes, Cauê Doretto de Assis, também foi atingido na troca de tiros e morreu.
Em nota, o Comandante Geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Fernando Alencar Medeiros, lamentou as mortes dos três policiais e disse que a morte deles em combate é uma "tragédia sem precedentes".
Segundo a PM, o soldado Celso Ferreira de Menezes Júnior tinha 33 anos e estava na corporação há mais de 10 anos. Já o soldado Victor Rodrigues Pinto da Silva, de 29 anos, deixa a esposa que está grávida. O sargento José Valdir De Oliveira Júnior, de 37 anos, e deixa uma filha e a esposa que está grávida de gêmeos, segundo a nota da PM.
Dois dos três policiais militares mortos em abordagem na Zona Oeste de SP seriam pais nos próximos dias

O crime - De acordo com polícia, os suspeitos tinham saído de uma festa e abordaram uma moto no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, por volta das 5h. Os PMs viram a cena e abordaram a moto e o carro com dois ocupantes. Um deles, Cauê Doretto de Assis, de 24 anos, disse que era policial civil. Os PMs solicitaram a arma e a carteira funcional do suspeito, que as entregou para os PMs.
Enquanto os PMs checavam se Cauê era mesmo policial civil, ele sacou uma segunda arma, baleou um PM na cabeça, baleou o segundo e correu atirando.
O acompanhante de Cauê que também estava no carro e único sobrevivente do tiroteio, Vitor Mendonça, foi levado para a delegacia para prestar depoimento oficialmente como detido e suspeito.
As investigações vão determinar se ele também agiu ou se passará a ser testemunha do caso. Ele disse que a abordagem policial acontecia normalmente, mas que Cauê se exaltou.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que Cauê não era policial civil e que a carteira profissional usada por ele é falsa.
Ele fugiu, mas um terceiro PM conseguiu atingi-lo. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O falso policial civil também conseguiu atingir esse terceiro PM, que foi ferido, passou por cirurgia no Hospital Universitário, mas não resistiu e morreu. O outro ocupante do carro foi detido. Foram quatro mortes no total, três policiais militares e o falso policial civil.

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