Francisco Wescley, o "Leleca", é apontado também
como matador
Apontado pela Polícia
como autor de vários crimes de morte e de tráfico de entorpecentes, o ex-presidiário
Francisco Wescley Bento de Lima, 30
anos, o “Leleca”, foi preso por policiais da Delegacia de Repressão às Ações
Criminosas Organizadas (Draco) em uma casa de veraneio no Município de Aquiraz, na Região
Metropolitana de Fortaleza (RMF) na última quinta-feira (20). Mas, somente nesta segunda (24), o fato foi
divulgado pela Polícia Civil.
“Leleca” é um “velho” conhecido
da Polícia local e já foi preso várias vezes pelas equipes da antiga Delegacia
de Narcóticos (Denarc), juntamente com sua então companheira (já falecida), a
traficante de drogas Gabriela de Sousa Bonfim, a “Gaby”. Juntos, eles
comandaram durante muito tempo o tráfico de drogas na Praia de Iracema.
“Leleca” agora é
apontado pela Polícia Civil como chefe do tráfico e também mandante de crimes
de morte por ordem de uma facção. Nos seus planos estaria a morte de quatro
homens, por vingança. O grupo teria praticado, recentemente, o assassinato de
um jovem dentro de um restaurante de comidas típicas em plena Avenida 13 de
Maio, no bairro de Fátima. O morto era
Gutemberg de Sousa Ferreira, 25, sobrinho de “Gaby”, a ex-companheira de
“Leleca”. O crime foi filmado e mostrou que os assassinos usavam roupas falsas
da Polícia Civil.
Vingança - Os três homens que invadiram o
restaurante na Avenida 13 de Maio e mataram Gutemberg permanecem
escondidos na Favela da Graviola, na Praia de Iracema. São conhecidos
como “Douglinhas”, Régis e Murilo. Os três seriam os falsos policiais civis que
invadiram o restaurante e fuzilaram o rapaz na frente da esposa e de um casal
de amigos.
O trio teria executado
a vítima por ordem de um homem conhecido por “Warley”, que hoje comanda o
tráfico de drogas na “Graviola”, outrora reduto chefiado por “Leleca” e “Gaby”.
Em maio de 2012, o
casal foi preso quando estava presente no velório do jovem Francisco Juan Lima
da Silva, 20 anos, comparsa de “Leleca”.
Juan foi morto, a tiros, na guerra pelo controle do tráfico de drogas na
Praia de Iracema e era apontado como autor de vários homicídios ordenados pelo casal. Com a morte de “Gaby” (de causas naturais),
“Leleca” continuou a traficar no bairro, mas teria perdido o controle da venda
de drogas na comunidade Graviola.
A “guerra” entre as
facções pelo domínio das drogas na Praia de Iracema se estende pelas favelas da
Graviola e do Baixa Pau, além do “Oitão Preto”, no bairro Moura Brasil.
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