segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Chefe do tráfico de drogas na Praia de Iracema é preso em casa de praia no Aquiraz

Francisco Wescley, o "Leleca", é apontado também como matador

 

Apontado pela Polícia como autor de vários crimes de morte e de tráfico de entorpecentes, o ex-presidiário Francisco Wescley Bento de Lima, 30 anos, o “Leleca”, foi preso por policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) em uma casa de veraneio no   Município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) na última quinta-feira (20).  Mas, somente nesta segunda (24), o fato foi divulgado pela Polícia Civil.
“Leleca” é um “velho” conhecido da Polícia local e já foi preso várias vezes pelas equipes da antiga Delegacia de Narcóticos (Denarc), juntamente com sua então companheira (já falecida), a traficante de drogas Gabriela de Sousa Bonfim, a “Gaby”. Juntos, eles comandaram durante muito tempo o tráfico de drogas na Praia de Iracema.
“Leleca” agora é apontado pela Polícia Civil como chefe do tráfico e também mandante de crimes de morte por ordem de uma facção. Nos seus planos estaria a morte de quatro homens, por vingança. O grupo teria praticado, recentemente, o assassinato de um jovem dentro de um restaurante de comidas típicas em plena Avenida 13 de Maio, no bairro de Fátima.  O morto era Gutemberg de Sousa Ferreira, 25, sobrinho de “Gaby”, a ex-companheira de “Leleca”. O crime foi filmado e mostrou que os assassinos usavam roupas falsas da Polícia Civil.

Vingança - Os três homens que invadiram o restaurante na Avenida 13 de Maio e mataram Gutemberg  permanecem  escondidos na Favela da Graviola, na Praia de Iracema. São conhecidos como “Douglinhas”, Régis e Murilo. Os três seriam os falsos policiais civis que invadiram o restaurante e fuzilaram o rapaz na frente da esposa e de um casal de amigos.
O trio teria executado a vítima por ordem de um homem conhecido por “Warley”, que hoje comanda o tráfico de drogas na “Graviola”, outrora reduto chefiado por “Leleca” e “Gaby”.
Em maio de 2012, o casal foi preso quando estava presente no velório do jovem Francisco Juan Lima da Silva, 20 anos, comparsa de “Leleca”.  Juan foi morto, a tiros, na guerra pelo controle do tráfico de drogas na Praia de Iracema e era apontado como autor de vários homicídios ordenados pelo casal.  Com a morte de “Gaby” (de causas naturais), “Leleca” continuou a traficar no bairro, mas teria perdido o controle da venda de drogas na comunidade Graviola.
A “guerra” entre as facções pelo domínio das drogas na Praia de Iracema se estende pelas favelas da Graviola e do Baixa Pau, além do “Oitão Preto”, no bairro Moura Brasil.

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