segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Justiça solta policial militar acusado de perseguir e matar dois jovens em Fortaleza

Quatro homens saíram do local e foram perseguidos por uma motocicleta, onde estariam os policiais, que teriam atirado contra o carro

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A Justiça Estadual do Ceará soltou o soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Samuel Ferreira Magalhães, acusado de matar dois jovens e tentar matar um terceiro, em Fortaleza, no início do ano. O outro réu, o soldado Willamy Félix Amaral, continua preso.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), os PMs se envolveram em uma briga, em uma festa no Bairro Mondubim, na madrugada de 11 de janeiro último. Quatro homens saíram do local e foram perseguidos por uma motocicleta, onde estariam os policiais, que teriam atirado contra o carro.
Francisco Augusto Militão da Silva, de 18 anos, e Willian da Silva Cunha, 21, morreram no local, e um amigo foi baleado e socorrido. A ação criminosa foi filmada por uma câmera de monitoramento.
A 1ª Vara do Júri de Fortaleza acatou o pedido de relaxamento de prisão da defesa do soldado Samuel, no último dia 17 de julho. A juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro considerou que o PM tem condições favoráveis, sem antecedentes criminais, com profissão certa e endereço fixo, além de estar interessado em colaborar com o processo.
A prisão preventiva foi substituída por aplicação de medidas cautelares, como monitoramento por tornozeleira eletrônica; proibição de manter contato com o sobrevivente e as testemunhas do crime; recolhimento domiciliar das 20h às 6h (salvo para trabalhar ou atendimento médico); e comparecimento a todos os atos do processo.

Terceira morte - O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, ainda investiga a morte de uma terceira pessoa que estava naquela cena do crime e se há relação com o duplo homicídio.
Leonardo de Sousa Soares, que acompanhava o carro baleado em uma motocicleta e era amigo das vítimas, prestaria depoimento no DHPP sobre o crime como testemunha, no dia 14 de janeiro, mas foi assassinado no dia anterior.

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