quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Rompimento de tubulação em Jati gerou vazão 10 vezes maior e soterrou carro e equipamentos

Obra onde ocorreu o vazamento faz parte do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco, inaugurado em junho por Bolsonaro - Incidente aconteceu 1 dia depois de abertura de comporta por ministro

 Tubulação de barragem rompe no interior do Ceará — Foto: Darlene Barbosa/SVM

Tubulação de barragem rompe no interior do Ceará

O rompimento da tubulação na barragem de Jati, no interior do Ceará, gerou uma tromba d’água com uma vazão até dez vezes superior ao liberado pela válvula. O estrago provocado na estrutura próxima à parede da barragem provocou enxurrada de lama e pedras que arrastou postes, gerador de energia, cabos de alta tensão, casa de vigilância, casa de válvula e até uma camionete de uma das empresas de engenharia contratadas. Funcionários conseguiram fugir em três carros.
O incidente na barragem de Jati, no Ceará, aconteceu na tarde da última sexta-feira, 21 de agosto, quando parte da tubulação que recebe água do açude rompeu e começou a escavar estrutura pedregosa próxima à parede. A situação levou à evacuação de duas mil pessoas do entorno.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, informou nesta terça-feira (25) que todas as pessoas que tiveram que ser evacuadas, já poderiam retornar às suas casas. Ele garantiu integridade no reservatório.

'Enorme descompasso' - Apesar de ponderar que as causas do rompimento da tubulação ainda serão investigadas, engenheiros que acompanham os trabalhos de recuperação da barragem de Jati, já apontam a vazão estimada no jato d’água em “enorme descompasso” com a vazão pela válvula dispersora.

Obras de reparo em barragem seguem em andamento em Jati, no Ceará. — Foto: Edson Freitas

Obras de reparo em barragem seguem em andamento em Jati, no Ceará

Reparos - A operação de reparo foi dividida em dois momentos, os trabalhos no local e estudos técnicos para a retomada da distribuição de água, que ainda está sem previsão de retorno.
Ao todo, são aproximadamente 100 máquinas e cerca de 200 trabalhadores, que se revezam em três turnos para cumprir o prazo para a conclusão dos reparos.

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