Enemias Barros da Silva também deve responder por fraude processual, ao ter adulterado, com outros dois policiais, a cena do crime
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e
Sistema Penitenciário (CGD) confirmou, nesta sexta-feira (25), que um sargento
da Polícia Militar foi indiciado pelo homicídio do adolescente Mizael Fernandes
da Silva, de 13 anos. Embora a assessoria do órgão tenha optado por não indicar
o nome do PM, a investigação era feita para apurar as responsabilidades do
policial Enemias Barros da Silva. O nome foi confirmado pela Defensoria Pública
do Estado e pela família do jovem. O processo foi concluído pela Delegacia de
Assuntos Internos (DAI), vinculada à CGD.
O órgão confirmou, em nota, que o sargento também deverá responder por
fraude processual. Outros dois policiais militares, cujas identidades não foram
reveladas pela Controladoria, também foram indiciados por fraude processual,
por terem ajudado a adulterar o local do crime.
O inquérito foi enviado ao Ministério Público do Ceará (MPCE). Já o
Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) informou que, em razão de o inquérito ser
sigiloso, ainda não é possível acessá-lo para indicar em qual Vara do Júri ele
tramitará. O sargento Enemias Barros já era investigado por uma suposta tortura
ocorrida em fevereiro de 2019.
De acordo com o Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas da
Defensoria Pública do Estado do Ceará, o resultado é "algo muito
positivo", pois o inquérito aponta que "realmente Mizael foi vítima de um homicídio".
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