De janeiro a agosto, 112
suspeitos de crimes morreram durante intervenção policial
Os confrontos da Polícia com
bandidos têm se tornado cada vez mais comuns nas ruas da Capital cearense
Apesar de dominado por três facções criminosas e de registrar neste ano
um alto índice de assassinatos que já beira em três mil mortes, o Ceará não
figura entre os estados brasileiros com maior incidência de óbitos por
intervenção policial. Esta é a constatação em comparação aos demais estados
brasileiros. Em sete meses deste ano,
3.148 pessoas foram mortas pela Polícia no país e os estados com maiores
índices deste tipo de ocorrência são, pela ordem: Amapá, Rio de Janeiro, Sergipe ,Bahia e Pará.
Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Monitor da Violência. De
acordo com os dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do
Ceará, entre janeiro e julho deste ano, o Ceará registrou 104 mortes por
intervenção policial, isto é, suspeitos de crimes que tombaram em troca de
tiros com policiais civis, militares e penais em serviço. Já no mês de agosto
passado, foram contabilizados mais oito óbitos da espécie.
Entre janeiro e agosto deste ano, 112 pessoas morreram em confronto com
a Polícia no Ceará, enquanto no ano passado, em igual período, este número
ficou em 102, o que representa um aumento da ordem de 9,8 por cento na
comparação entre os dois anos.
Neste ano, o mês que apresentou o maior número de mortes de suspeitos
de crime em confronto com policiais no estado foi, até agora, abril, com 35
óbitos. A menor taxa aconteceu em fevereiro, apenas sete, o que coincide com o
período em que ocorreu a greve na Polícia Militar e as ruas das cidades ficaram
sem policiamento. Contraditoriamente a isto, o número de assassinatos e
latrocínios bateu recorde.
Em três anos do segundo mandato da atual gestão do governo estadual, o
Ceará já registrou 316 mortes por intervenção policial, numa média de 10 por
mês, ou uma a cada 72 horas (três dias).
O número é considerado pelas autoridades baixo, mesmo sendo o estado
palco do avanço sem freios das facções criminosas. Até o fim de 2020, o Ceará deve contabilizar
cerca de 4 mil assassinatos. A velocidade do aumento dos crimes de morte é reflexo
dos confrontos diários entre as facções e das execuções sumárias sem trégua
Agentes mortos - Entre janeiro e agosto deste ano, 13
agentes da Segurança Pública foram assassinados no Ceará. No ano passado, em
igual período, foram apenas quatro, o que representa um aumento da ordem de 225
por cento.
Entre janeiro e agosto deste ano, foram assassinados no Ceará, oito
policiais militares (PMs), três policiais penais (agentes penitenciários), um
inspetor da Polícia Civil e um guarda municipal.
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