terça-feira, 1 de setembro de 2020

Pandemia da violência - Ceará registra assassinatos de 16 travestis em 8 meses

O caso mais recente ocorreu no último fim de semana, onde um travesti foi fuzilado 

 

"Branca" foi assassinada, a tiros, em Itaitinga

Policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investigam a morte de mais um travesti na Grande Fortaleza. Em oito meses de 2020 já são 16 crimes do gênero em todo o estado. O mais recente ocorreu no último fim de semana, quando um homossexual foi executado sumariamente em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
De acordo com levantamentos feitos pela Perícia Forense, o travesti conhecido por “Branca”, cuja identidade civil tinha o nome de Francisco Antônio Silva de Sousa, 37 anos, natural de Santarém (PA), foi atingido com cinco tiros na cabeça.  O corpo foi deixado pelos assassinos a poucos metros de um posto de combustíveis onde há várias câmeras de segurança. No momento do crime, o estabelecimento estava fechado.
Familiares da vítima não sabem, ainda, o que motivou o crime. “Ele não fazia mal a ninguém. Trabalhava, não tinha inimizades”.  Para a Polícia, não restam dúvidas de que se tratou de uma execução sumária, confirmada com a constatação da quantidade de tiros endereçados à cabeça da vítima, eliminando qualquer chance de defesa e de sobrevivência.
“Branca” foi morta no local onde costumava fazer “ponto” e, provavelmente, estava sozinha no momento em que foi abordada pelo assassino.

Balanço - Desde o início do ano, ao menos, 16 travestis foram assassinados no Ceará. 

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