CASO REPERCUTIU NO PAÍS
O caso aconteceu na zona norte da capital do Amapá. Enquanto dois
homens de sua família eram revistados por dois policiais com um terceiro PM
armado no meio da rua -, a pedagoga Eliane Silva estava do outro lado da rua
filmando a ação.
Um dos policiais deixa o local em que estava, atravessa a rua e diz à
mulher que ela está presa. Em seguida, tenta retirar algo das mãos dela e lhe
passa uma rasteira. Eliane resiste, mas segundos depois, é jogada ao chão.
Com a mulher caída, o policial militar dá um soco em seu rosto e ela
começa a gritar. Depois, Eliane foi levada à delegacia, presa por resistência e
desacato, e solta após o pagamento de fiança.
A abordagem foi filmada por moradores na zona norte da capital do
Amapá. A ação gerou críticas de movimentos sociais, que marcaram um ato para
terça-feira (22) em frente ao batalhão da Polícia Militar.
O governador Waldez Góes (PDT) disse que a agressão foi covarde e
envergonha as forças de segurança e o Amapá. "A cena fica ainda pior pois
é recheada de atitudes racistas".
Segundo Góes, o fato é isolado e não reflete a atuação dos policiais
militares do estado. "Determinei ao Comando Geral da Polícia Militar uma
apuração criteriosa e rápida dos fatos mostrados no vídeo. Cenas como essa não
podem ser toleradas e não podem se repetir".
A PM do Amapá, por meio de nota, disse lamentar "profundamente as
imagens que estão circulando" e que tomou todas as providências que o caso
requer.
Foi instaurado um procedimento administrativo pela Corregedoria Geral
da PM para apurar a conduta dos policiais envolvidos na abordagem. "A
instituição informa também que, assim que tomou ciência das imagens,
imediatamente afastou o policial militar envolvido nas agressões físicas do
serviço policial".
De acordo com a polícia, as abordagens devem respeitar a integridade
física e a dignidade das pessoas e a corporação se disse "contra qualquer
tipo de violência praticada ao cidadão". Em resposta numa rede social a
uma pessoa que disse que a atitude envergonha as forças de segurança, a PM
respondeu: "Estamos muito envergonhados. Lamentamos profundamente".
AGORA VEJA O VÍDEO
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