Lucilene da Silva Monteiro, 38 anos, foi estrangulada pelo marido com o cinto de segurança do carro - Francisco Hélio Batista foi preso, mas ainda aguarda julgamento
O assassinato da modelo Lucilene da Silva Monteiro, 38 anos, completou
um ano neste mês de outubro, e os suspeitos, o próprio marido da vítima,
Francisco Hélio Batista, 48 anos, e um amigo dele, Antônio Vanderlei Ferreira
de Lima, 46 anos, ainda não foram julgados. O corpo da vítima foi encontrado em
Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza, e o companheiro da modelo confessou
ter matado a mulher enforcada com o cinto de segurança do carro, por ciúmes.
Ele e o amigo foram presos por ocultação de cadáver dias após o crime.
Além disso, Hélio Batista responde por feminicídio. O comparsa dele acabou
sendo liberado, pela Justiça, poucos dias depois, e cumpre pena em domicílio.
Assassinato e ocultação de
cadáver - Lucilene foi morta no
dia 15 de outubro de 2019, estrangulada com cinto de segurança do carro, pelo
próprio marido. A última aparição da vítima foi flagrada por câmeras do
circuito interno do prédio onde ela vivia com o marido e a filha do casal.
As imagens mostram Lucilene saindo do prédio acompanhada do marido. Ela
estava com roupas de dormir. Foi o último registro da modelo com vida. Horas
depois, as câmeras mostram que o marido voltou sozinho para casa.
As investigações policiais mostraram que Hélio Batista saiu do Bairro
Serrinha, em Fortaleza, com a vítima, e foi em direção ao Bairro Barra do
Ceará. Em seguida, para Iparana, em Caucaia, na Região Metropolitana, onde
matou a mulher.
O crime aconteceu dentro do carro. Para a polícia, Hélio Batista contou
que o telefone de Lucilene tocou e ela não atendeu. Foi quando se iniciou uma
discussão entre os dois. O marido chegou a agredir o rosto da mulher, até que
ela pediu para parar o carro, tentou fugir, mas não conseguiu.
Depois de matar a mulher, o suspeito se deslocou para Maracanaú para
buscar ajuda do comparsa, seguindo depois para Aquiraz, onde os dois ocultaram
o corpo. Ele ainda retornou a Maracanaú e só depois voltou pra casa. Tudo foi
feito em quatro horas e meia, informou a polícia.
Os dois suspeitos ainda foram vistos em um posto de combustíveis,
enquanto abasteciam o carro. Câmeras de segurança do posto também mostraram os
homens lavando as mãos.
Após o crime, os familiares de Lucilene não conseguiram mais contato
com Hélio Batista, que fugiu para o Rio Grande do Norte, e acionaram a polícia.
O corpo da vítima foi encontrado no dia 19 de outubro.
Relacionamento abusivo - A polícia descobriu, por meio de depoimentos
de amigos e familiares, que o marido de Lucilene praticou violência doméstica
contra ela anos antes do assassinato. Os dois eram casados há 13 anos, e, por
meio de áudios da vítima divulgados, também ficou claro que ela vivia um
relacionamento abusivo.
Em um dos áudios, Lucilene chama Hélio Batista de “psicopata” e diz que
ele a ameaçava. Noutro, enviado pela modelo ao suspeito, ela pede que os dois
sejam amigos e diz “não dá mais, por favor, me entende”.
O marido já possuía antecedentes criminais por violência doméstica
familiar.
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