O ex-deputado Adail Carneiro, preso pela PF, será transferido, hoje, para o presídio
Em 20 anos de operação, a organização criminosa investigada pela
Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU) teria faturado, nada
menos, que R$ 600 milhões no desvio de dinheiro público dos cofres da Prefeitura
Municipal de Fortaleza.
Esta é a conclusão inicial das autoridades que apuram o caso envolvendo
fraudes na licitação para a locação de veículos pelos gestores públicos. O
ex-deputado estadual e federal, Adail Carneiro, apontado como o chefe da
quadrilha, foi preso ontem com cerca de R$ 2 milhões. Hoje, ele será
transferido para o presídio.
De acordo com as autoridades, o esquema fraudulento que agiu durante
mais de 20 anos na Prefeitura de Fortaleza atuava nas licitações através de
“laranjas”, pessoas que emprestavam seu nome e CPF para que o grupo criminoso
pudesse apresentar empresas de fachada nas concorrências públicas. Os certames
já eram criados viciados. Todas as empresas concorrentes eram, na verdade, de
um dono só: o deputado.
As informações sobre o desenrolar das investigações e das diligências
cumpridas durante a operação policial desta quinta-feira foram repassadas à
Imprensa em entrevista coletiva na sede da PF da qual participaram o delegado Alan
Robson Alexandrino, chefe do Núcleo Regional de Combate ao Crime Organizado;
delegado Joécio Duarte de Holanda, que comandou a operação e Israel José Reis
de Carvalho, chefe de operações especiais da Controladoria Geral da União
(AGU).
Presídio - O ex-deputado Adail Carneiro foi autuado em
flagrante na sede da PF e permaneceu preso. Nas próximas horas, segundo as
autoridades, ele deverá ser transferido para uma das unidades do Sistema
Penitenciário do estado, onde ficará à disposição da Justiça Federal.
De acordo com as investigações da PF, Carneiro é o verdadeiro dono de,
pelo menos, 10 locadoras de veículos que, há 20 anos, vencia as licitações para
o aluguel de carros para a Prefeitura Municipal de Fortaleza, com fraudes nos
certames.
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