O casal foi julgado e morto por um "tribunal do Crime" - O motorista "falou demais"
Um crime de morte misterioso, e muito parecido com o roteiro de um
filme policial, foi desvendado pela Polícia Civil do Ceará. O caso envolveu um
casal que foi assassinado e enterrado em covas rasas, uma testemunha ocular eliminada
como “queima de arquivo” e uma quadrilha que montou um “Tribunal do Crime” para
julgar e executar suas vítimas. Cinco
pessoas estão presas e três
mortas.
De acordo com a Polícia, o casal identificado como Sheldon Luiz de
Castro Ângelo (que usava o nome falso de Carlos Vinícius de Sousa) e Leidiane
de Sousa Vieira, foi seqüestrado por uma quadrilha de traficantes de drogas no
dia 11 de setembro último e levado para o cativeiro, um terreno baldio de um
sítio na localidade de Jacundá, em Aquiraz, onde acabou sendo executado a tiros
e enterrado.
Também foi seqüestrado pelo mesmo bando, um motorista de aplicativo,
que ao ser “julgado” pelo tribunal dos criminosos foi “absolvido”, mas obrigado
a testemunhar as cenas do fuzilamento do casal e a ocultação dos cadáveres
Falou “demais” - Livre dos criminosos, o motorista decidiu
contar para a Polícia tudo o que sabia. A conseqüência da delação foi trágica.
Dias depois de fazer a revelação à Polícia sobre a execução sumária de Sheldon
e Leidiane, o motorista acabou outra vez
seqüestrado e assassinado.
Por trás dos crimes, segundo a Polícia, está o tráfico de drogas.
Sheldon era um homem procurado pela Polícia. Contra ele havia mandados de
prisão preventiva decretada em Fortaleza, Caucaia e no estado do Acre. A mulher
dele, Leidiane, já havia sido presa também por envolvimento com o tráfico. Os crimes teriam sido um “acerto de contas”.
Já o motorista de aplicativo foi eliminado por ter “falado demais”
Presos os suspeitos - No xadrez do Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP) estão presos os cinco suspeitos dos assassinatos. São
eles: Antônio Alberto Gonçalves de Sousa, 22 anos; João Carlos Silva Vieira, o
“Ju”, 29; José Mateus Rosendo da Silva, o “Barão”; Osmildo da Silva Almeida,
30; e Leonardo Mariano dos Santos, 21, o “Branquinho”.
Apenas Antônio Alberto e João Carlos não tinham antecedentes criminais.
Os demais já respondiam na Justiça por delitos como homicídio e porte ilegal de
arma de fogo.
De acordo com a Polícia, os cinco suspeitos fazem parte de uma quadrilha
de traficantes que atua na localidade de Novo Portugal, no Município do
Eusébio, também na RMF
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