quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Polícia esclarece mortes de casal e de motorista de aplicativo

O casal foi julgado e morto por um "tribunal do Crime" - O motorista "falou demais"

Leidiane e o marido, Sheldon, eram envolvidos com o tráfico de drogas

Um crime de morte misterioso, e muito parecido com o roteiro de um filme policial, foi desvendado pela Polícia Civil do Ceará. O caso envolveu um casal que foi assassinado e enterrado em covas rasas, uma testemunha ocular eliminada como “queima de arquivo” e uma quadrilha que montou um “Tribunal do Crime” para julgar e executar suas vítimas. Cinco  pessoas  estão presas e três mortas.
De acordo com a Polícia, o casal identificado como Sheldon Luiz de Castro Ângelo (que usava o nome falso de Carlos Vinícius de Sousa) e Leidiane de Sousa Vieira, foi seqüestrado por uma quadrilha de traficantes de drogas no dia 11 de setembro último e levado para o cativeiro, um terreno baldio de um sítio na localidade de Jacundá, em Aquiraz, onde acabou sendo executado a tiros e enterrado.
Também foi seqüestrado pelo mesmo bando, um motorista de aplicativo, que ao ser “julgado” pelo tribunal dos criminosos foi “absolvido”, mas obrigado a testemunhar as cenas do fuzilamento do casal e a ocultação dos cadáveres

Falou “demais” - Livre dos criminosos, o motorista decidiu contar para a Polícia tudo o que sabia. A conseqüência da delação foi trágica. Dias depois de fazer a revelação à Polícia sobre a execução sumária de Sheldon e Leidiane, o motorista acabou  outra vez seqüestrado e  assassinado.
Por trás dos crimes, segundo a Polícia, está o tráfico de drogas. Sheldon era um homem procurado pela Polícia. Contra ele havia mandados de prisão preventiva decretada em Fortaleza, Caucaia e no estado do Acre. A mulher dele, Leidiane, já havia sido presa também por envolvimento com o tráfico.  Os crimes teriam sido um “acerto de contas”. Já o motorista de aplicativo foi eliminado por ter “falado demais”

Presos os suspeitos - No xadrez do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão presos os cinco suspeitos dos assassinatos. São eles: Antônio Alberto Gonçalves de Sousa, 22 anos; João Carlos Silva Vieira, o “Ju”, 29; José Mateus Rosendo da Silva, o “Barão”; Osmildo da Silva Almeida, 30; e Leonardo Mariano dos Santos, 21, o “Branquinho”.
Apenas Antônio Alberto e João Carlos não tinham antecedentes criminais. Os demais já respondiam na Justiça por delitos como homicídio e porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com a Polícia, os cinco suspeitos fazem parte de uma quadrilha de traficantes que atua na localidade de Novo Portugal, no Município do Eusébio, também na RMF

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