As investigações apontam que o homem pretendia fugir do local
onde estava morando
Um dos envolvidos na morte do prefeito do município de Granjeiro, João Gregório Neto, em dezembro do
ano passado, foi preso, nesta sexta-feira (04), no Bairro Seminário, no Crato,
na Região do Cariri. Francisco Rômulo Brasil Leal dos Santos, de 59 anos, foi
capturado depois de romper a tornozeleira eletrônica determinada pelo Poder
Judiciário do Estado do Ceará.
O homem já tinha sido alvo da Polícia Civil em julho deste ano, quando
foi determinada a prisão domiciliar do suspeito, informou a Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
De acordo com a pasta, as investigações apontam que ele pretendia fugir
do local onde estava morando. Em razão disso, foi expedido um mandado de prisão
contra Francisco Rômulo.
Segundo o titular da Delegacia Regional do Crato, Luiz Eduardo da Costa
Santos, o preso era funcionário do prefeito afastado do município, Ticiano da
Fonseca Félix, apontado, junto com o pai, de ser o mandante do crime.
Ainda conforme as apurações, Francisco Rômulo seria o responsável por
deixar os envolvidos na cidade de Brejo Santo. Ele já havia sido preso em fase
anterior da investigação e usava tornozeleira eletrônica, mas rompeu o
dispositivo para tentar fugir.
Denúncia - No último mês de agosto, o Poder Judiciário aceitou denúncia contra 17 pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato de João Gregório Neto. De acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), os suspeitos se tornaram réus logo após a "constatação da presença de todos os requisitos legais". A instituição não divulgou o nome dos denunciados porque o processo criminal está tramitando em segredo de Justiça.
Investigação - No mês de janeiro, o Poder Judiciário
determinou que Vicente Félix de Souza, 60, pai do atual prefeito de Granjeiro,
utilizasse tornozeleira eletrônica e que se mantivesse em área de restrição
específica, como medida cautelar.
Um Chevrolet S10 de um parente de Vicente Félix teria dado apoio ao
crime, e foi apreendido no mesmo dia. Documentos e aparelhos celulares
encontrados em endereços do pai do atual prefeito de Granjeiro também foram
apreendidos e encaminhados para a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Também em janeiro, durante ações realizadas nos estados do Piauí e
Maranhão, foram presos outros três homens que teriam ligação com um Volkswagen
Polo. Para os investigadores, o carro foi utilizado pelos executores do crime.
Já em março, José Plácido da Cunha, 53, foi capturado em uma casa no
Bairro Cidade Nova, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A
prisão ocorreu por força de um mandado de prisão temporária em razão de ameaças
realizadas pelo suspeito a testemunhas do caso, além de outros indícios de
autoria delitiva do crime.
Articulação - Willyano Ferreira da Silva, 30, e Wendel
Alves de Freitas Mendes, 26, tiveram mandados de prisão temporária cumpridos em
julho, quando foram localizados em um imóvel no Crato.
Willyano Ferreira é apontado como responsável por conduzir o Volkswagen
Polo que foi utilizado pelos executores do crime, e Wendel Alves é suspeito de
ter feito a articulação para conseguir o carro usado no cometimento do homicídio
e por ter auxiliado na fuga.
Os dois são investigados por integrar uma organização criminosa que
alugaria veículos de locadoras para serem utilizados em crimes e depois não
devolviam os automóveis das empresas. Ainda em julho, nove alvos investigados
por participarem, direta ou indiretamente, da morte do político foram
capturados.
Ao todo, os policiais civis foram em endereços nas cidades de
Fortaleza, Crato, Juazeiro do Norte, Granjeiro e Salgueiro (PE) para cumprir 15
mandados de busca e apreensão e 12 de prisão preventiva e domiciliar em desfavor
dos alvos da investigação.
Três pessoas que foram indiciadas por participação no crime seguem
foragidas: José Plácido da Cunha, 53; Manuel Fernando Mateus Ariza, 31; e
Thyago Gutthyerre Pereira Alves, 31.
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