Uma vereadora eleita nas últimas eleições figura nas investigações da
Polícia Civil do Ceará como principal suspeita de mandante da chacina ocorrida
no Município de Ibaretama. A matança ocorreu no mês passado, deixando um saldo
trágico de sete pessoas mortas a tiros, entre elas, uma criança de apenas 6
anos de idade.
A vereadora eleita, Edivanda de Azevedo (PT), teria agido em parceria
com um bandido identificado como Wanderson Delfino de Queiroz, apelidado de
“Interior”, que seria o chefe da facção criminosa Comando Vermelho (CV) em
Ibaretama e outras cidades próximas, no Sertão Central do Ceará. Os dois teriam
agido em parceria para montar o plano e a logística para a execução da chacina.
Parte das vítimas seria ligada à facção rival do CV, a Guardiões do Estado (GDE).
Edivanda e “Interior” teriam ordenado as mortes como represália pela
ocorrência de assaltos na região atribuídos aos membros da GDE. Dois filhos da vereadora eleita foram os
primeiros a serem presos logo após a chacina: Francisco Victor Azevedo Lima e
Kelvin Azevedo Lima. Os dois teriam dado o apoio logístico aos matadores e
comentado o resultado plano em conversas pelas redes sociais. “Agora vai ficar
mais calmo por aqui”, teria dito um deles se referindo às mortes que
aconteceram na madrugada do dia 26 de novembro, na localidade de Pedra e Cal,
na zona rural de Ibaretama.
Além dos dois filhos, a vereadora teve mais duas pessoas de sua família
indiciadas no inquérito policial: o irmão, Edvan Lopes dos Santos; e o enteado,
Josenias Paiva de Andrade Lima.
O crime - Era madrugada do dia 26 de novembro quando
um grupo armado invadiu uma casa na localidade Pedra e Cal, na zona rural de
Ibaretama, e praticou a fuzilaria, deixando sete mortos e outras três pessoas
feridas.
De acordo com a Polícia, morreram na chacina as seguintes pessoas: William da Silva Rodrigues, 6 anos; Eduardo
de Lima Silva, 19; Luana Melo da Costa, 19; Oswaldo da Silva Lima, 24;
Wellington Lima Silva, 17; Edinardo de Lima Silva, 18; e Francisco Gabriel
Pereira da Silva, 15. Todos foram executados com tiros de pistola e espingarda
de calibre 38.
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