Em 2020 cresceu o envolvimento de adolescentes com o crime, aumentando também os assassinatos
O número de assassinatos de adolescentes no Ceará quase dobrou em dois
anos. Em 2019, 157 jovens com idades
entre 12 e 17 anos foram mortos no
estado, enquanto em 2020 esse número subiu para 298, o que representa um
aumento de 89,8 por cento.
A guerra entre grupos armados na periferia da Capital cearense, em
vários Municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e em cidades do
interior deixou um rastro de sangue e morte nas ruas, avenidas, e nos becos e travessas
de bairros e favelas.
Somente no primeiro semestre do ano passado foram registrados no Ceará 184
assassinatos de pessoas nesta faixa etária, quantia maior que a do ano inteiro
de 2019 (157 crimes). Neste período, o agravamento da criminalidade no estado
teve como um dos fatores o crescimento da taxa de homicídios durante o mês de
fevereiro, quando ocorreu a greve de PMs e as cidades da Grande Fortaleza
ficaram despoliciadas.
Ainda assim, os 298 assassinatos de adolescentes representaram pouco
mais de 7 por cento do total de 4.169 Crimes Violentos, Letais e Intencionais
(CVLIs) ocorridos ao longo de todo o ano de 2020 no Ceará.
“Novinhas” - Entre os 298 adolescentes assassinados em
2020 no Ceará, 44 eram garotas, que, na sua maioria, foi morta por ordem direta
de chefes do tráfico ou de facções.
Meninas, ou “novinhas”, que acabaram sendo arrastadas para o crime e
pagaram com a vida por este
envolvimento.
Somente em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, 10 garotas
com idades entre 14 e 17 anos foram assassinadas no ano passado. Outras 11 acabaram mortas nas ruas da Capital.
No Interior do estado, 10 “novinhas” foram mortas nos Municípios de Sobral (2), Várzea Alegre, Acaraú, Cedro, Canindé,
Jaguaretama, Caridade, Umirim e Santa Quitéria.
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