sábado, 13 de março de 2021

Dono de oficina de motos é preso em flagrante por suspeita de alterar oxigênio utilizado em hospitais do interior do Ceará

Empresário reenvasava parte do oxigênio hospitalar para um recipiente menor e comercializava o cilindro grande, mas com menos quantidade do que deveria ser vendido

22 cilindros foram apreendidos na oficina localizada em Pentecoste

Um empresário, dono de uma oficina de motos, foi preso em flagrante na última sexta-feira (12) em Pentecoste, no Ceará, por suspeita de fornecer oxigênio alterado e, possivelmente, adulterado para várias unidades hospitalares da região do Vale do Curu, no sertão central.
De acordo com as investigações, o proprietário do estabelecimento reenvasava parte do oxigênio hospitalar para um recipiente menor e comercializava o cilindro grande, mas com menos quantidade do que deveria ser vendido.
Segundo o Ministério Público, durante a ação realizada em conjunto com a Polícia Civil, ao chegar no local havia uma ambulância aguardando a entrega de vários cilindros que seriam transportados e utilizados no hospital do município de General Sampaio. Conforme os investigadores, a manipulação inadequada do produto, em desacordo com regras sanitárias, oferecia risco de explosão no ambiente e contaminação dos recipientes.

Sem tratamento adequado – O MP aponta que “a conduta do comércio investigado é um crime contra a saúde pública e pode ter colocado em risco a vida de várias pessoas da região, especialmente pacientes que precisavam de oxigênio, já que há fortes indícios de que os cilindros não receberam o tratamento adequado de esterilização e podem ter sido vendidos contaminados”, e que vai investigar os contratos entre os municípios da região e o empresário para identificar os setores públicos que foram abastecidos com o material, além de outras possíveis irregularidades, como a origem dos cilindros, que em primeira análise não apresentaram informações nos lacres, causando suspeitas de clandestinidade.
A polícia contabilizou no local 22 cilindros vazios que armazenavam o total de 204 metros cúbicos de oxigênio, além de outros 9 cilindros cheios, que possivelmente sofreriam o processo de alteração. O empresário foi autuado em flagrante na Delegacia de Pentecoste por falsificar produto destinado a fins medicinais, no artigo 273 do Código Penal.

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