Prejuízo com as perfurações realizadas pela organização
criminosa é de aproximadamente R$ 2 milhões - Criminosos chegaram a construir
um túnel subterrâneo e rua para acessar o duto e retirar o combustível
Agentes da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro
(MPRJ) prenderam, na manhã desta terça-feira (2), quatro suspeitos de integrar
uma organização criminosa especializada em furto de petróleo diretamente de
dutos da Transpetro/Petrobras. Ao todo, os agentes visam cumprir cinco mandados
de prisão e 14 de busca e apreensão.
Um dos alvos da ação é um capitão da Polícia Militar, que não foi
localizado e já é considerado foragido. Segundo as investigações, Marcelo
Queiroz dos Anjos, lotado na Diretoria Geral de Pessoal da PM, é um dos líderes
do esquema.
Walmir Aparecido Marin, denunciado pelo Ministério Público e empresário
do município de Rolândia, no Paraná, já havia sido preso em 2020 na operação
Sete Capitães II. Ele era o responsável por levar o combustível furtado até o
interior do Paraná.
GIlson Cunha Júnior, que também era responsável por coordenar o
transporte do combustível até o receptador, foi um dos presos na operação. O
prejuízo com as perfurações realizadas pela organização criminosa é de
aproximadamente R$ 2 milhões.
Abertura de ruas e túneis - As investigações duraram seis meses,
iniciando-se após uma perfuração de dutos da Transpetro no município de
Guapimirim em junho de 2020.
Os agentes também identificaram perfurações para furto de petróleo em
Nova Iguaçu e em Queimados, também na Baixada Fluminense.
Nestes municípios, foram furtados, respectivamente, 47 mil litros e 21
mil litros de petróleo, totalizando 169, 5 mil litros do combustível em três
roubos diferentes.
Em Queimados, os criminosos chegaram a construir um túnel subterrâneo
para acessar o duto e também alugaram uma retroescavadeira para abertura de uma
via de acesso para caminhões tanque para retirar o petróleo.
Os mandados são cumpridos no Rio, em Duque de Caxias, na Baixada
Fluminense e Itaboraí, Região Metropolitana. Também são cumpridas ordens de
busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
De acordo com as investigações, o petróleo subtraído no Rio de Janeiro
era transportado para a cidade de Rolândia (Paraná), para adulteração e
revenda.
Em 2019, a Delegacia de Serviços Delegados (DDSD) e o Ministério
Público prenderam um homem que era o coordenador de um esquema de roubo de combustíveis
no interior do Rio.
A ação é comandada por agentes da DDSD e do Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Nenhum comentário:
Postar um comentário