Soroka revelou em entrevista de 15 minutos que a intenção não
era matar as vítimas, mas roubá-las
Preso há quase uma semana por suspeita de matar ao menos três homens
gays no Paraná e em Santa Catarina, José Tiago Correia Soroka, de 33
anos, nega que os crimes tenham sido motivados por homofobia e diz não ter
premeditado os assassinatos. Segundo ele, as vítimas eram escolhidas pela
"facilidade" de abordagem e que só pretendia roubá-las.
"Não tem nada a ver com a opção sexual, mas pela facilidade de
conseguir adentrar [na casa da vítima], independente se fosse homem ou mulher.
Vou deixar bem claro que não foi por ódio nem homofobia. Independente, se fosse
um homem hetero[sexual] que me chamasse para adentrar à casa e eu visse que
tinha a possibilidade de êxito na situação, teria ido".
Soroka foi capturado pela polícia do Paraná no último sábado (29), em
uma pensão em Curitiba. Os policiais afirmaram que ele confessou os três
assassinatos, ocorridos entre 16 de abril e 4 de maio, e o atentado contra um
quarto homem gay, no dia 11 de maio. Este último sobreviveu e ajudou na
identificação do suspeito.
O suspeito negou sentir atração por homens e ser bissexual, como
constava em uma de suas redes sociais, e disse que a informação era apenas uma
isca para as vítimas. Sobre a alegação de que teria pedido para que os
abordados tirassem a roupa nos encontros, Soroka negou o fato e afirmou que,
quando isso aconteceu, ele mesmo foi pego de surpresa.
O suspeito contou que teve dois relacionamentos duradouros com
mulheres, dos quais nasceram seus dois filhos, que hoje têm 9 e 4 anos.
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