Consta nos autos que a mulher ajudou o adolescente a ocultar
partes do corpo da vítima - A decisão foi tomada em audiência de custódia
A Justiça determinou a
prisão preventiva em desfavor de Sara
Nascimento Parente de Morais. A mulher era companheira de Rafael Ferreira
Barbosa, de 38 anos, morto pelo filho adolescente com um único tiro de pistola
na cabeça no último dia 23 de setembro no apartamento onde morava no bairro Bom
Jardim, em Fortaleza. Conforme a investigação, Sara ajudou o enteado a desovar
o corpo.
O adolescente de 16 anos foi apreendido e Sara, 21, presa em flagrante. Ela
passou por audiência de custódia e o flagrante foi relaxado por ter sido
considerado ilegal pela Justiça. No entanto, o Ministério Público havia
solicitado a prisão preventiva dela e a solicitação foi acatada pelo Poder
Judiciário, mantendo a suspeita presa. Nesta terça-feira (28), a Polícia Civil
do Ceará divulgou detalhes sobre o crime e disse que a motivação para o
homicídio foi uma discussão banal entre pai e filho.
A companheira da vítima alegou ter sido amarrada pelo enteado e trancada no quarto.
Mas, consta no depoimento do adolescente, que ele resolveu soltar a mulher no
dia seguinte. Foi então que a dupla se uniu e começou a planejar como se livrar
do corpo no intuito de não serem presos.
Os dois teriam passado cerca de três dias com o cadáver esquartejado, dentro do
apartamento onde estavam.
"Após a desova de
parte do cadáver, Sara voltou para a residência de seus pais e agiu
normalmente, como se nada tivesse acontecido, sem demonstrar nenhum remorso ou
arrependimento pelo ocorrido".
O adolescente contou aos policiais que ele e o pai discutiram porque Rafael
teria dito que o filho não trabalhava de forma correta. Então, conforme o
adolescente, ele se sentiu ameaçado, foi ao armário e pegou uma pistola que
pertencia ao pai, morto com um disparo na cabeça.
O menor de idade teria ficado "nervoso com a situação" e resolveu
esquartejar o corpo do pai utilizando uma faca de cozinha e um martelo. Em
seguida, ele enrolou os membros superiores e inferiores em um pano e armazenou
no refrigerador do apartamento.
O jovem ainda contou
aos investigadores que os pais se separaram quando ele tinha 10 anos. Ele disse
também que o pai era agiota, vendia perfumes e roupas e há um tempo teve
ligação com uma facção criminosa, mas atualmente não pertencia mais a nenhum
grupo.
O adolescente foi apreendido na segunda-feira (27) no apartamento do pai. O jovem de 16 anos foi autuado por posse de
arma de fogo, homicídio e ocultação de cadáver, enquanto a mulher pelos crimes
de ocultação de cadáver e corrupção de menores.
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