quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Pai confirma ter tido relações sexuais com a própria filha por quase dois anos - Mas nega estupro

As investigações do caso continuam

Jaelson Oliveira, de 36 anos, confirmou manter relações por um ano e oito meses com a própria filha, hoje com 20 anos, mas negou que os atos sexuais tenham ocorrido quando ela ainda era menor de idade. Ele prestou depoimento à polícia, nesta quinta-feira (30), no Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, onde está internado.
O homem está internado há três meses após sofrer tentativa de homicídio a mando da companheira, Maria Aparecida Barroso, de 36 anos. O crime ocorreu no último dia 29 de junho, em Canindé, no Interior do Ceará.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Daniel Aragão, o homem afirmou que a relação incestuosa havia terminado dois meses antes do atentado. “Ele teria dito que era errado e queria colocar um ponto final”.
Apesar de ser um tabu moral e religioso, o incesto (sexo entre familiares) não é considerado ilegal pela legislação brasileira — desde que a relação seja consentida pelos adultos envolvidos.
No entanto, a prática configura-se crime quando ocorre o estupro de vulnerável, ou seja, a violência sexual contra crianças, adolescentes ou quando a vítima não consegue oferecer resistência ao ato por qualquer motivo.

INVESTIGAÇÃO CONTINUA - Em depoimento nesta quarta-feira (29), a filha também negou ter sofrido abusos e indicou o mesmo período de relacionamento dito por Jaelson. As investigações para apurar se houve estupro de vulnerável continuam.
O que se sabe, até o momento, é que Jaelson assumiu a paternidade da filha quando ela ainda tinha 10 anos, após exame de DNA. Aos 12 anos, ele a levou para casa.

JAELSON NEGA AMEAÇAS À ESPOSA - Jaelson também negou que tenha ameaçado a esposa, Maria Aparecida Barroso, de 36 anos. Ela foi presa preventivamente por tentativa de homicídio.
Segundo a investigação, há cerca de dois anos, Maria Aparecida tenta se separar de Jaelson. Durante depoimentos, ela relatou ser violentada física e psicologicamente. Por esta razão, temia-denunciá-lo.

ENTENDA O CASO - Após sofrer violência física, psicológica e diversas tentativas frustradas de separação do marido, Maria Aparecida Barroso planejou o assassinato de Jaelson de Oliveira. Ela teve a ajuda de Antonio Herilson da Silva Lopes. Conforme a investigação, esse parceiro do crime tinha um relacionamento casual com a enteada de Aparecida.
A jovem teria convidado Antonio Herilson para uma relação sexual com outra pessoa. Somente após a concretização do ato, ele teria identificado quem era o terceiro envolvido. Revoltado, se recusou a participar de novos encontros com pai e filha, apesar das insistências de Jaelson.
Antonio procurou, segundo a investigação, Aparecida para contar sobre o caso. Juntos, então, planejaram o assassinato de Jaelson. Ela deu dinheiro para que ele contratasse homens para praticar o crime.

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