Segundo as
investigações, os condenados, supondo que os funcionários teriam subtraído uma
quantia em dinheiro do comércio, torturaram as vítimas em busca de uma
confissão
Dois homens, pai e
filho, foram condenados nesta quarta-feira (24), por tortura contra
funcionários, cometida em outubro de 2020. Os mandados de prisão foram
expedidos em abril deste ano, em Aurora, município do interior do Ceará. Uma
das vítimas chegou a ter um dente removido, de acordo com as investigações da
Polícia Civil do Ceará (PCCE).
O pai, José Ribamar Gonçalves, foi condenado a 12 anos e seis meses de
reclusão, enquanto Francisco Neto, o filho, a nove anos e três meses. Na
decisão judicial também foi negado aos réus o direito de recorrer em liberdade.
De acordo com o MPCE, ambos foram denunciados por torturar dois funcionários de
um estabelecimento comercial gerenciado por eles. Pai e filho, supondo que os
funcionários teriam subtraído uma quantia em dinheiro do comércio, torturaram
as vítimas em busca de uma confissão.
Operação Cruciatus - A operação que resultou
na prisão dos dois em abril deste ano foi denominada "Cruciatus”, que
significa "tortura" em latim. Um veículo também foi apreendido com um
dos suspeitos (o mais jovem). Ainda durante a ofensiva, dois mandados de prisão
por roubo foram cumpridos contra outros alvos de outros crimes.
O jovem preso já havia sido capturado em 2006, suspeito de participação no
arrombamento a uma agência bancária em Ipaumirim, outro município do interior.
O suspeito foi abordado na residência dele, onde também foi apreendido um
automóvel de cor cinza.
Já o segundo mandado de prisão foi cumprido em desfavor do pai dele, que já
se encontrava em uma unidade prisional da região após ter sido preso por
receptação. Os mandados de prisão preventiva contra os dois foram expedidos no
dia 31 de março, em decorrência de uma investigação de crime de tortura
ocorrido em outubro de 2020, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social do Ceará (SSPDS).
As investigações foram conduzidas pela Polícia Civil e embasadas nos exames
realizados pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), que atestaram as
agressões. As prisões permitirão a realização de novas diligências, que terão
como objetivo concluir o inquérito policial. A PCCE investiga ainda a
participação dos suspeitos em outros crimes ocorridos na região.
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