A operação da Polícia Militar contou com o apoio de cão farejador da Companhia de Cães
Um total de quase 400
munições de arma de fogo e cerca de 300 papelotes de entorpecentes foram
apreendidos, nesta segunda-feira (27), no Bairro Sapiranga, em Fortaleza. No
último sábado (25), seis pessoas foram mortas durante uma chacina no mesmo
bairro.
A apreensão foi efetuada com auxílio de cão farejador da Companhia de Cães
(CPCães) em conjunto com agentes do Comando de Policiamento de Rondas e Ações
Intensivas e Ostensivas (CPRAIO). Não foi informado se o material encontrado tem
alguma relação com a chacina.
Os militares do CPRAIO intensificaram o patrulhamento pelo Bairro Sapiranga e
decidiram solicitar apoio de um cão farejador para inspecionar um local na área
chamada “Campo da Leda”, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social do Ceará (SSPDS).
Após a chegada, uma equipe da CPCães chegou ao logradouro com a cadela Xena e,
após farejar o entorno, o animal encontrou todo o material ilícito.
Seis mortos e dez capturados - A chacina no Bairro Sapiranga aconteceu na madrugada de sábado (25). Até
o momento, dez pessoas foram capturadas, conforme a secretaria da Segurança
Pública (SSPDS). Cinco vítimas morreram ainda no local dos assassinatos. Outras
seis pessoas foram socorridas a unidades de saúde em Fortaleza, mas uma delas
morreu. O estado de saúde das outras quatro não foi divulgado.
Das seis mortes já confirmadas pelos órgãos de segurança, cinco eram
homens. A vítima que faleceu no hospital era uma mulher. As vítimas tinham
entre 15 e 26 anos de idade. Esta foi a sétima chacina ocorrida no Ceará em
2021, resultando na morte de 32 pessoas nesse tipo de crime.
Dois suspeitos de chacina que deixou seis mortos em Fortaleza
têm prisão convertida em preventiva
Dois suspeitos de terem
realizado a chacina da Sapiranga, em Fortaleza, tiveram suas prisões em
flagrante convertidas em preventivas pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE),
nesta segunda-feira (27), durante audiência de custódia. Segundo a decisão,
eles foram reconhecidos como executores das mortes.
Os suspeitos foram identificados como Thiago
Farias de Lima e Mateus Aguiar de Sousa. As idades de ambos não foram
divulgadas.
A Defensoria Pública do Ceará, que atendeu aos suspeitos na audiência de
custódia, pediu que a justiça relaxasse as prisões em flagrante e solicitou a
liberdade dos autuados, aplicando medidas cautelares, como o uso de tornozeleira
eletrônica.
Além disso, a Justiça também afirma que eles foram reconhecidos como executores
do crime por meio de reconhecimento fotográfico. Thiago Farias já responde a
quatro procedimentos judiciais, enquanto Mateus Aguiar tem antecedente por
tráfico de drogas.
O documento aponta que Mateus Aguiar resistiu à prisão "e foi neutralizado
por um disparo de arma de fogo". Ele foi socorrido a uma unidade de saúde
e, por isso, não se apresentou à audiência de custódia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário