Homem conhecido como "XT" possuía quatro mandados de prisão em aberto por explosões de carro-forte, roubo a banco, tráfico de drogas e homicídios
De acordo com a Polícia,
Luís Antônio da Costa Sampaio
dedicou quase 10 dos seus 32 anos de idade á prática de crimes como roubo a
banco, explosão de carro-forte, tráfico de drogas, homicídios e, por último,
extorsão a comerciantes. Uma ação da Delegacia da Roubos e Furtos (DRF) deteve
o homem, que é apontado como o braço direito na quadrilha de Mariano Sampaio.
A prisão aconteceu na quarta-feira, 1º, em um condomínio na Grande Messejana,
Fortaleza. O integrante do Comando Vermelho possuía quatro mandados de prisão
em aberto e também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e posse de
munição. Entre os municípios de atuação do indivíduo estão Santa Quitéria, Ipú,
Hidrolândia, Independência, Catunda e Sobral.
Luís Antônio possuía os apelidos de "Luan Carioca" ou "XT".
A prisão dele foi considerada uma das mais importantes do ano de 2021 pela DRF.
Ele é natural do Ceará, mas morou, desde os 15 anos, no Rio de Janeiro, na
comunidade da Rocinha, onde se envolveu com o crime e tornou-se um faccionado.
Jurado de morte, ele teria viajado de volta para o Ceará, onde estabeleceu um braço
da organização criminosa.
Luan Carioca atuava com Mariano Sampaio, chefe de uma quadrilha que fazia
ataques a bancos com explosivos. Nos anos de 2017, 2018 e 2019, o grupo
criminoso explodia as agências e fugia para o mato, onde permanecia escondido
durante meses.
De acordo com a Polícia, após a morte de Mariano e a prisão de diversos
integrantes, o grupo migrou para outros tipos de atuações criminosas.
XT foi morar em Fortaleza em um condomínio de classe média com a esposa e o
filho. As investigações da DRF apontam que ele permanecia articulando o tráfico
de drogas "home office". No momento da prisão, o homem chegava em
casa quando foi surpreendido pela Polícia Civil. Ele tentou fugir, mas foi
impedido. Além da cocaína encontrada no apartamento, que seria uma amostra para
os clientes, também foi achada munição. Em uma fazenda do grupo, a equipe da
DRF apreendeu uma espingarda calibre 12 e um rifle calibre 762 (fuzil).
Caderno apreendido tem mais de 200 nomes a serem investigados
- Outro objeto apreendido pela DRF e que deve dar
continuidade a uma longa investigação é um caderno, que estava sob o poder de
XT. Lá estão os nomes de 200 pessoas envolvidas com a organização criminosa,
além de números de telefone e a parte financeira, que chegava, no mínimo, a R$
200 mil.
Luan Carioca também é investigado pela Polícia Federal pela participação em
um ataque a carro-forte em 2018, na fronteira entre Ceará e Rio Grande do
Norte. Ele é citado em diversos inquéritos da Polícia Civil como pessoa
especialista em explosivos e motorista nas fugas dos roubos a banco no Ceará. A
Polícia Civil só o conhecia pelos apelidos e, posteriormente, as investigações
fizeram com que chegassem à identificação.
Luís Antônio foi encaminhado ao sistema penitenciário.
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