terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Três PMs acusados de torturar mulher e dois homens com chicotadas viram réus na Justiça do Ceará

Caso ocorreu em fevereiro de 2019 - Agressões foram registradas em vídeo - Uma das vítimas alegou ter recebido ameaças para que não denunciasse o caso

PM investiga vídeo de policial dando chicotadas em mulher

Os três soldados acusados de torturar uma mulher e dois homens em fevereiro de 2019 em Fortaleza viraram réus após a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Os militares denunciados são os soldados Israel Aziz Marques Branco, Francisco Sarmento Rocha Júnior e Thiago de Araújo Ferreira.
Os policiais acusados foram ouvidos pelo Núcleo de Investigação Criminal (NUINC) e o único PM que a confessar a prática das agressões físicas relatou que durante a abordagem das vítimas estavam presentes mais outros dois companheiros de farda. Ele afirmou que pegou fios de nylon que estavam próximos ao local e desferiu golpes somente contra a mulher.
Na confissão o agente disse que perdeu o controle após a mulher chamar os policiais militares de “vagabundos, corruptos”, mas que não fez o procedimento pelo desacato porque a abordagem foi realizada por outra equipe.
A agressão ocorreu em 2 fevereiro de 2019, na Rua do Canal, Bairro Lagamar. Em filmagens é possível visualizar policiais agredindo a mulher ajoelhada com chutes, socos e, também, um aparente chicote. Conforme consta na Portaria Inaugural do processo, os policiais militares fotografaram e ameaçaram o casal de morte.
Conforme testemunhas, uma festa de pré-carnaval era realizada no local, quando a PM chegou. Dois militares aparecem nas imagens, e um deles agride a jovem com um chicote, segundo uma das garotas agredidas.
A vítima afirmou que foi forçada a ficar de joelho ao lado do marido enquanto sofria golpes de chicote. Ela disse ainda que apanhou por cerca de meia hora e foi xingada de "vagabunda".

VEJA O VÍDEO DA COVARDIA

Afastamento - Um mês após o caso, em março de 2019, seis policiais militares suspeitos de agredir os moradores tiveram o pedido de afastamento prorrogado por mais 120 dias.
Segundo o Diário Oficial do Estado, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) aceitou em 9 de março daquele ano a sugestão da Comissão Militar Permanente de Conselho de Disciplina de permanência do afastamento preventivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário