Conforme a CGD, os acusados estavam de folga e foram fardados
até o 18º Batalhão para aderir ao movimento
Mais dois policiais
militares foram expulsos da Corporação por participarem do motim ocorrido no
Ceará no ano de 2020. Nessa quarta-feira (2), a Controladoria Geral de
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) informou sobre a expulsão do cabo Alexandre de Castro Lima e do soldado
Allysson Moreira Cajazeiras. Com esta decisão, já são dez PMs excluídos dos
quadros da PMCE devido ao último movimento.
Conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), os policiais se
amotinaram no quartel do 18º Batalhão, localizado no bairro Antônio Bezerra.
Vídeos onde os militares apareciam foram anexados à investigação. Consta nos
autos que os policiais foram ao equipamento no dia que estavam de folga,
fardados, e aderiram ao motim.
Nos dias seguintes, quando eles deveriam ter comparecido ao serviço, teriam
apresentado atestado médico e só se reapresentaram à unidade de origem após o
término do motim. Os policiais negaram ter comparecido ao 18º BPM.
“EU NÃO VOU EMBORA, EU NÃO VOU EMBORA”
De acordo com a
Controladoria, nas imagens analisadas pelo Conselho de Disciplina o cabo e o
soldado demonstraram afronta à disciplina militar e podem ainda ter instigado
outros policiais a atuarem com desobediência.
A dupla teria permanecido no quartel aos gritos de "eu não vou embora, eu
não vou embora" o que para o conselho "denota suas participações a um
inequívoco ritual de adesão (cooperação) ao movimento paredista".
O relatório final pontua que os policiais são culpados das acusações e estão
incapacitados de permanecerem no serviço ativo da PMCE.
A CGD informa que pelo menos outros 350 policiais foram identificados por
participarem no motim e permanecem respondendo a processos administrativos
disciplinares. "Além disso, existem investigações em curso que podem
resultar em novos processos disciplinares", diz a Controladoria.
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