segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Rebelião em penitenciária na Bahia deixa quatro mortos - Motivação teria sido conflito entre facções

A rebelião se iniciou no Pavilhão 2, possivelmente devido a um confronto entre facções ou uma disputa de poder entre líderes de uma mesma facção

O policiamento foi reforçado no perímetro da penitenciária de Salvador

Uma rebelião iniciada pelos detentos da Penitenciária Lemos Brito, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, no final da tarde deste domingo (20), deixou um saldo de quatro presos mortos, segundo informações do Sindicato dos Servidores da Polícia Penal do Estado da Bahia.                             
Ainda de acordo com o Sinsppeb, a rebelião se iniciou no Pavilhão 2, possivelmente devido a um confronto entre facções ou uma disputa de poder entre líderes de uma mesma facção. O sindicato também afirma que a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) já teria sido informada diversas vezes da possibilidade de uma tragédia ocorrer no presídio. “Isso já era esperado. A Seap tinha consciência de que isso iria acontecer. Nós denunciamos diversas vezes que a fragilidade na segurança da penitenciária causaria uma tragédia”.      
Após tomarem conhecimento da confusão, familiares de presos que cumprem pena na Lemos Brito se reuniram em frente ao portão principal do complexo em busca de notícias sobre seus parentes. As famílias fizeram um protesto na porta da penitenciária por volta das 18h deste domingo (20).
Disparos de armas de fogo foram ouvidos dentro do presídio. Guias de perícia e remoção já foram expedidas, mas as identidades dos quatro detentos mortos não tinham sido confirmadas até o momento.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, mais de 10 facas foram apreendidas entre os presos. "A cadeia virou, o bagulho tá doido” diz um detento, não identificado, em um dos vídeos. “Se matar nós, ‘nós’ vai guerrear”, diz outro rapaz.
O policiamento foi reforçado no perímetro da penitenciária e diversas viaturas cercavam o local na noite de ontem, o Sinsppeb acrescentou que após a rebelião, houve uma tentativa de fuga em massa da prisão.
“Durante o confronto entre os detentos, ocorrido no pavilhão 2, outros presos tentaram sair pelo portão principal e foram impedidos pela guarda do presídio”.
O órgão acrescenta ainda que, assim que o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, tomou conhecimento do fato, acionou o Comando Geral da Policia Milita para o envio de reforços do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), das Operações Gêmeos e Apolo, e do Batalhão de Choque e do Graer.
As mortes são investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”.

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