A “Operação Apate”, com
objetivo de combater as fraudes no recebimento do seguro dos Danos Pessoais
Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres, conhecido como DPVAT,
prendeu nesta quarta-feira, 09, uma pessoa. A ação foi deflagrada pela Equipe
de Investigações da Delegacia Regional de Iguatu.
O nome da operação vem do grego “enganação”
e “fraude”. A prisão de Pedro
Pereira Amorim, 38, foi por meio de Mandado de Prisão Preventiva.
Popularmente conhecido por “Pedrinho
Dpvat” ele acabou preso com vários documentos relacionados às fraudes, além
de uma impressora, utilizada nas falsificações e a quantia de R$ R$ 3.200,00
Investigações - Com uma investigação de
dois meses estima-se que as fraudes ocorreram há mais de cinco anos. A polícia
apurou que Pedro realizava a falsificação de documentos – Boletins de
Ocorrências e Fichas de Atendimento Médico – e registros inautênticos de
ocorrências, entre outras atividades ilícitas. O suspeito encaminhava os
pedidos fraudados de seus clientes para a Seguradora Líder e solicitava o
pagamento de seguros DPVAT.
Cerca de 50 Inquéritos Policiais e Boletins de Ocorrência foram registrados
para investigarem fraudes ocorridas entre os anos de 2016 a 2021. Alguns dos
processos já foram finalizados e remetidos ao poder judiciário. Muitos desses
procedimentos foram originados por “notícias-crime” oriundas da Seguradora
Líder.
Esquema - O suspeito mantinha um escritório
de auxílio ao encaminhamento do seguro DPVAT, onde funcionava como
intermediador, atuando em sua maioria nas cidades de Iguatu e Quixelô. Esse
escritório recebia pessoas que eram vítimas de acidentes de trânsito. “Além
disso, o golpista procurava as vítimas e dizia até que sem a ajuda dele não
receberiam o seguro. Tudo isso como uma forma de forçar o cliente a contratar
os seus serviços”, afirmou Wesley Alves, delegado de Iguatu.
Dependendo das lesões, o acusado encaminhava os pedidos de seguro DPVAT, mas na
maioria das vezes com lesões maiores que aquelas realmente existentes,
inclusive nas buscas foram apreendidos laudos médicos em branco a serem
preenchidos conforme a vontade do estelionatário.
Após receber a documentação dos clientes, Pedro adulterava os laudos
apresentados. As lesões eram “agravadas” ou transformavam-se em “invalidez
permanente”, aumentando o valor a ser recebido. Para citar como exemplo, em um
dos casos investigados uma Ficha de Atendimento Médico do Hospital Regional de
Iguatu foi adulterada e uma simples queda de cavalo acabou se transformando em
um acidente de moto, com o intuito de ludibriar a Seguradora e fazer com que
ela pagasse um seguro indevido. Este pagamento, porém, não foi pago pela
Seguradora.
O acusado ainda chegava
a cobrar dos seus clientes a quantia de 30% sobre o valor que fosse concedido
pela Seguradora. “Como se não bastasse nos cartões de visita apreendidos com o
infrator, constava o nome “DPVAT REGIONAL”, justamente para dar a entender que
ele teria privilégios dentro da Delegacia Regional de Iguatu”, pontuou o
delegado.
Pedro Pereira acabou sendo preso e encaminhado para a Cadeia Pública mais
próxima, ficando à disposição da Justiça. “A Polícia Civil comunica a todos que
as investigações continuam e outras fraudes no seguro DPVAT praticadas por
intermediários estão sendo apuradas e em breve mais pessoas podem ser presas”,
disse Wesley Alves.
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