O Açude Castanhão,
maior reservatório cearense, conquistou em março, seu melhor volume hídrico dos
últimos sete anos. Desde 30 de agosto de 2015 ele não ultrapassava a marca dos
16%. Atualmente, o açude está com 16,57%. Neste primeiro trimestre do ano, o
reservatório aportou quase 600 milhões de metros³. Esta foi a maior recarga
dentre os 155 açudes cearenses em 2022.
O secretário dos Recursos Hídricos (SRH) do Estado, Francisco Teixeira, explica
que, apesar de "bom", o aporte ainda não "traz garantia
suficiente para todo os seus múltiplos usos, sobretudo, o da agricultura
irrigada".
O especialista destaca a importância de o Castanhão ter saltado de 8%, no
começo da quadra chuvosa, para 16%, e aponta que, embora a reserva atual não
contemple todas as demandas as quais ele é incubido, "melhoram muito a
garantia [de abastecimento] para a Região Metropolitana de Fortaleza
(RMF)".
Teixeira também reconhece o aporte conquistado em outros importantes açudes
cearenses, como o Orós. O reservatório, que é o segundo maior do Estado, também
atingiu seu melhor volume hidríco dos últimos sete anos. Atualmente, o açude
está com 36,61%.
CENÁRIO OPOSTO - No interior, duas
regiões estão em realidade oposta e apresentam, ainda segundo Francisco
Teixeira, cenário de maior atenção. "Uma região que preocupa é o Sertão
Central, cujas chuvas ficaram abaixo da média neste início de ano".
Nos açudes desta região não houve aporte substancial. O Banabuiú, terceiro
maior reservatório do Estado, por exemplo, está apenas com 8,22%. Dos grandes,
ele é o que tem a situação mais preocupante. A bacia hidrográfica do Curu
também está em atenção.
"O Açude General Sampaio (5,75%) não conquistou aporte. Ele atende
hoje cidades como Canindé, Paramoti, Apuiarés e outras do Sertão Central".
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