Retirada da bandeira tarifária mais cara e reajuste anual da
Enel vão mexer com a tarifa dos cearenses
O mês de abril será
bastante movimentado no setor energético. Os consumidores cearenses terão, em
um curto intervalo, duas mudanças significativas na conta de energia: a volta da bandeira verde e o reajuste
anual da Enel Ceará.
A partir do dia 16 de deste mês, sai de cena a bandeira tarifária de
escassez hídrica, criada pelo Governo Federal no ano passado para suprir a
demanda energética no contexto de escassez hídrica. O retorno da bandeira
verde, a mais barata do sistema, foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro,
na semana passada.
Isso deve gerar uma redução em torno de 20% em relação aos meses em que
vigorou a bandeira mais cara. Na prática, contudo, trata-se apenas de um
retorno à normalidade, ou seja, o fim de uma taxa extra que estava sendo
cobrada. A bandeira verde deve vigorar até o fim do ano.
No entanto, o alívio desta queda na tarifa vai durar apenas alguns dias. Já
em 22 de abril, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deve anunciar os
valores do reajuste anual da Enel Ceará. Conforme
especialistas, a previsão é de um aumento de 10% a 15%, alta superior à
assinalada em 2021.
16/4 - Volta da
bandeira verde. Redução prevista de 20%
22/4 - Reajuste anual
da Enel. Aumento previsto de 10% a 15%
QUAL SERÁ O IMPACTO FINAL NA CONTA - Então, considerando que o mês de abril terá uma baixa e um aumento, como
deve ficar a conta de energia dos cearenses.
O percentual exato só será conhecido daqui a 10 dias, mas a previsão é que,
nas próximas faturas, o consumidor sinta uma diminuição de 5% a 6% sobre o que
vinha sendo cobrado nos últimos meses.
O QUE SÃO AS BANDEIRAS TARIFÁRIAS
O Sistema de Bandeiras
Tarifárias é composto por cinco níveis: verde, amarela, vermelha (1 e 2) e
escassez hídrica. Cada uma é acionada conforme as condições da geração de
energia e acrescenta uma taxa a mais na conta de energia dos consumidores.
Bandeira verde - Indica que as
condições de geração de energia estão favoráveis, portanto, a tarifa não sofre
nenhum acréscimo.
Bandeira amarela - Inicia o alerta para geração em condições menos favoráveis. Com isso, é cobrado um acréscimo de R$ 1,874 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Bandeira vermelha - Patamar 1 > Sinaliza as condições mais custosas de geração. A tarifa sofre
acréscimo de R$ 3,971 para cada 100 kWh.
Bandeira vermelha - Patamar 2 > A tarifa sofre acréscimo de R$ 9,49 por cada 100 KWh.
Bandeira de escassez hídrica - Tarifa mais cara. Taxa extra de R$ 14,20 para cada 100 KWh.
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