O médico de 71 anos de idade foi formalmente denunciado pelo
Ministério Público do Ceará (MPCE) nesta sexta-feira
O Ministério Público do
Ceará (MPCE) denunciou o médico ginecologista Antônio Alves de Freitas, Dr. Freitas, de 71 anos, preso em Orós,
por estupro. A acusação foi registrada nesta sexta-feira (8) após a Polícia
Civil do Ceará indiciar Antônio Alves de Freitas. A denúncia é referente a um dos
casos mais recentes que levou o homem à prisão. De acordo com a vítima, no dia
29 de março de 2022, o médico praticou conjunção carnal durante consulta no
Hospital Luzia Teodoro da Costa, se aproveitando da função dele.
A vítima de 21 anos, de identidade preservada, estava prestes a se submeter a
um procedimento cirúrgico íntimo, quando o homem ordenou que ela retirasse a
roupa e se aproveitou para penetrar o pênis enquanto ela estava de costas. O denunciado negou a conduta e declarou que
a mulher era "um pouco perturbada emocionalmente".
A cena do abuso sexual chegou a ser vista pelas auxiliares. O acusado
dispensou presença das auxiliares, insistindo para avaliar a paciente sozinho.
Uma técnica de enfermagem chegou a bater na porta, mas foi impedida de entrar.
Em seguida, uma enfermeira também foi ao local para pegar uns materiais e viu a
vítima nua em cima da maca.
A defesa do médico afirmou que "as acusações são frágeis e não
encontram coerência alguma". "O meu cliente tem uma enorme folha de
serviços prestados nas últimas décadas sem qualquer nódoa em seu currículo. No
momento da ampla defesa e do exercício do contraditório a verdade real será
restabelecida", afirmou o advogado Fabrício Moreira, responsável pela
defesa do médico Antônio Alves de Freitas.
PERGUNTOU COMPRIMENTO DO PÊNIS DO NAMORADO DA VÍTIMA
De acordo com a jovem,
enquanto estava a sós na sala, o médico fez indagações impertinentes e
"mostrou interesse anormal, fora da relação paciente/médico,
questionando-a sobre o comprimento do pênis do seu namorado e com quantas
pessoas já havia se relacionado".
"Foi informada pelo acusado sobre a
realização de uma medição, permanecendo nua e deitada, quando sentiu uma coisa
a penetrá-la, e, ao ver tratava-se do pênis do acusado penetrando em sua
vagina. Relata a vítima que, mesmo contraindo com força as pernas, para não
permitir que o acusado continuasse a prática, o mesmo, sem uso de preservativo,
forçava a penetração e pedia que a vítima relaxasse, configurando-se a
violência real contra a vítima, que já tentava reagir contra os abusos do
denunciado".
A mulher saiu da consultório chorando e à procura da irmã. A jovem correu
ao banheiro, onde foi encontrada em estado de choque, nervosa, tremendo e
chorando.
Para o MP, não há dúvida que Antônio Alves de Freitas manteve a conjunção
carnal, mediante violência e se aproveitando da situação de vulnerabilidade da
vítima, "uma vez que a vítima
estava trancada na sala de parto, nua e deitada numa maca, posição que
dificultava sua defesa".
INVESTIGAÇÃO - O médico foi preso em
flagrante e solto ao pagar R$ 30 mil de fiança. Dias depois, já quando a PCCE
instalou força-tarefa para apurar o caso, o acusado foi novamente detido, por
força de mandado de prisão. De acordo com o delegado Glauber Ferreira, que está
a frente das investigações, outras vítimas também entraram em contato com as
autoridades para denunciar o mesmo médico.
"Encaminhados os primeiros indiciamentos. Quando ele foi solto pela
primeira vez, algumas vítimas desistiram de formalizar a denúncia. Ressaltamos
a importância delas nos procurarem. Estamos voltados a apurar minuciosamente
cada um dos casos. Já sabemos que há vítimas de vários municípios e de
diferentes anos".
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