Dentre as vítimas está um homem de 58 anos de idade que havia ido ao posto de saúde para mostrar exames e se vacinar
As mortes múltiplas
ocorridas no bairro Dias Macedo, na última quarta-feira (18), estavam
programadas para acontecer. Instantes antes de três pessoas serem assassinadas
dentro e no entorno do Posto de Saúde Edmar Fujita, homens armados se reuniram
com intuito de buscar "os pilantras
que rasgaram a camisa", se referindo a saída da facção criminosa a
qual pertenciam. Um dos suspeitos preso estava com tornozeleira eletrônica e
precisava matar alguém para "provar
lealdade" a facção dele.
Nesta quinta-feira (19), a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS) informou que as vítimas que foram alvos da ação tentaram fugir do
local, mas houve uma troca de tiros dentro do prédio. "Os dois homens
estavam com dez dias de saída da prisão e possuíam antecedentes por homicídio
doloso, tráfico de drogas e roubos".
Já a terceira vítima
assassinada foi Francisco Egino Alves. O mestre de obras, de 58 anos, estava na
unidade de saúde para mostrar exames e se vacinar. Ele não tinha nenhuma
relação com as demais vítimas e criminosos.
Um homem identificado até o momento apenas como Francisco, o 'Miau', é quem
teria apontado aos atiradores quem eram os alvos da matança.
Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas para unidades de saúde.
Um homem identificado apenas como Leandro é quem teria
fornecido as armas
INVESTIGAÇÃO - Instantes após o crime,
Jairo Lima Rodrigues, de 27 anos, e Johnatan Alves Vieira, 22, foram presos.
Nas residências dos suspeitos foram encontradas munições de arma de fogo,
roupas usadas na ação, balança de precisão, documentos, cartões de crédito, um
celular e pequena quantidade de drogas.
Os suspeitos se negaram a dizer quem especificamente ordenou a chacina. De
acordo com policiais civis, Johnatan teria resistido à prisão e foi preciso uso
moderado da força para detê-lo.
No depoimento prestado por Jairo a Polícia, ele disse que recebeu a ordem
para cometer o crime, porque precisava ter homicídios na sua ficha e deveria
mostrar quem comandava o território do Dias Macedo.
Jairo era monitorado por tornozeleira eletrônica quando foi preso. Ele tem
antecedente criminal por roubo.
Jairo Lima ainda teria dito que foi Johnatan quem o chamou "para
derrubar os pilantras que estavam no posto de saúde", porque líderes da
facção haviam autorizado as execuções.
Os suspeitos foram localizados ainda no entorno do local do crime. Um
deles, estava em casa, a 500 metros e já tinha tirado a barba com intenção de
dificultar o reconhecimento por parte das autoridades.
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